Atualmente na ULSO estão a ser monitorizados à distância onze doentes. O kit que lhes foi disponibilizado inclui um telemóvel e um conjunto de equipamentos de medição (oxímetro, termómetro, tensiómetro e pedómetro), o que permite “a monitorização diária dos seus sintomas respiratórios e dos sinais vitais, possibilitando ajustes personalizados e contínuos no tratamento, e uma resposta terapêutica rápida e eficaz”, refere.
Desta forma também é evitado o recurso ao serviço de urgência. No decorrer deste primeiro ano de atividade foi possível reduzir de quatro para dois os episódios de urgência, tendo apenas ocorrido um episódio de internamento, com a duração de quinze dias.
No que concerne aos indicadores de desempenho do programa, foram efetuados 3593 registos, sendo que 48% não geraram qualquer alerta, 14% foram devido a situações de ordem técnica (relacionadas com os aparelhos ou com a utilização por parte dos utentes) e 38% foram alertas clínicos, mas destes, apenas 0,9% foram confirmados, ou seja, ocorreram somente 12 alertas clínicos, “sendo que todos os alertas foram imediatamente respondidos”, garante a ULSO.
A DPOC é uma patologia crónica do aparelho respiratório, que se caracteriza pela obstrução progressiva e persistente do fluxo aéreo e está associada a inflamação crónica das vias respiratórias. É uma das principais causas de morbilidade crónica, de perda de qualidade de vida e de mortalidade, representando atualmente a quinta causa de morte em Portugal (2,4%).
O Conselho de Administração da ULSO considera que a implementação deste projeto “tem trazido benefícios em saúde para os doentes, permitindo que tenham um acompanhamento mais próximo e atento, evitando descompensações que os façam recorrer às unidades hospitalares”.
A ULSO integra os concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Peniche, Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras e Sobral de Monte Agraço.










