A viagem decorreu entre 17 de abril e 5 de maio, numa distância de seis mil quilómetros. Para além de Valter Fialho e Carla Assis (numa BMW K1300S), participaram ainda Carlos Filipe e Eugénia Felix (BMW R1250GS), Fernando Luis (Kawasaki GTR1400) e José Ferreira (Ducati Multistrada 950S).
“A ideia do destino e percurso foi minha, devido à curiosidade em conhecer estes países, que ainda não têm um turismo massificado e têm preços acessíveis”, explicou Valter Fialho, que é gerente e proprietário da empresa de motas Fialho & Miranda, Lda. Saíram das Caldas com destino a Barcelona, onde apanharam o ferry que faz a ligação Barcelona (Espanha) a Civitavecchia (Itália).
Depois de cerca de 25 horas de ferry, atravessaram Itália de mota, para o lado Este, com destino a Bari. “Apanhámos novamente Ferry para Durrês, na Albânia, com duração de 10 horas, atravessando o Mar Adriático. Já estávamos no dia 21 de abril e aí começou a viagem propriamente dita”, contou Valter Fialho.
“Visitámos o Sul da Albânia, chamada a Riviera Albanesa, junto à fronteira com a Grécia, cidade de Saranda e Ksamil. Estivemos em Berat, cidade património da Unesco e na capital Tirana”, referiu.
“O estilo de condução agressivo e o desrespeito pela sinalização foi uma situação que tivemos que nos habituar rapidamente. As estradas sempre secundárias, sem autoestradas, tornaram as deslocações demoradas, com médias de 50km/h”, comentou o motard.
No entanto, “o povo era simpático e acolhedor, nunca nos sentimos inseguros”.
Seguiram para a Macedónia do Norte, com paragem em Struga, junto ao Lago Ohrid, uma zona turística deste país.
Partiram depois para o Kosovo e ficaram na cidade de Prizren, que também é património da Unesco. “Nota-se que o Kosovo está em grande desenvolvimento, já com autoestradas novas e construção em força”, comentou Valter Fialho.
Seguiu-se Montenegro, nomeadamente a cidade de Budva e a Baía de Kotor. “Vimos paisagens incríveis, onde acaba a montanha e começa o mar”, contou.
Daí seguiram para a Bosnia Herzegovina, onde estiveram na cidade de Mostar (património da Unesco), com a sua ponte medieval sobre o rio Neretva. “Ainda se veem alguns edifícios com marcas de balas nas paredes”, referiu o viajante.
A viagem continuou para a Croácia, “onde o turismo já é maior e os preços também”. Estiveram em Trogir e Zadar, cidades na Costa do Mar Adriático, “fortificadas, muito bonitas e com muito para ver”.
Por fim Liubliana, capital da Eslovénia. “Uma cidade atravessada por um rio, com cafés e restaurantes nas margens, pontes lindíssimas, limpa e organizada. Muitos edifícios históricos, bem conservados”, descreveu.
No final de agosto, Valter Fialho cumpriu também uma promessa à sua filha, Matilde, e foram só os dois de mota até aos Picos da Europa. “É um local muito famoso e conhecido pelos motards portugueses. Paisagens sempre bonitas de ver e rever”.
Aproveitaram para conhecer o museu do piloto de fórmula 1, Fernando Alonso, em Oviedo e a Vila Pueblo de Sanabria, considerada umas das mais bonitas de Espanha. Fizeram também um percurso gastronómico em Portugal e em Covadonga, visitaram os Lagos e o Santuário.
Segundo Valter Fialho, a notícia do ano passado no JORNAL DAS CALDAS “ajudou a divulgar esta minha parte de viajante de mota e levou a um aumento do pedido de dicas e conselhos de outros motards que também pretendem fazer o mesmo”.
O seu estabelecimento, no centro das Caldas, acaba por ser um ponto de reunião e conversa sobre viagens de mota. Estão já a preparar as viagens para 2026 e 2027, altura em que querem participar nas comemorações dos 120 anos do evento Ilha De Man TT, no Reino Unido.










