“Procuramos que seja uma festa à medida do Cadaval: genuína, acolhedora e participada”

17 de Outubro de 2025

JORNAL DAS CALDAS: Qual é o espírito com que se chega à 26.ª edição da Festa das Adiafas e 22.º Festival Nacional do Vinho Leve?

 

Ricardo Pinteus: Chegamos a esta edição com um sentimento de grande orgulho e de profunda satisfação. Orgulho pelo caminho que o evento tem percorrido, pela forma como se consolidou no panorama regional e nacional, e satisfação por vermos o Cadaval afirmar-se cada vez mais como um concelho que valoriza as suas tradições, a sua gente e a sua força agrícola.

As Adiafas são muito mais do que uma festa — são um símbolo do que somos enquanto comunidade. Representam o reencontro das nossas origens com o presente e com o futuro, unindo o mundo rural, o tecido económico e a vida associativa num mesmo espaço de celebração.

Ano após ano, procuramos que esta seja uma festa à medida do Cadaval: genuína, acolhedora e participada.

 

JC: Para a economia do concelho, qual é a dimensão da produção frutícola e de vinho?

 

RP: O setor primário é um dos pilares da economia do Cadaval. Somos reconhecidos pela excelência dos nossos produtos, com destaque para a pera rocha e para o vinho leve, que têm projetado o nome do concelho além-fronteiras.

Este setor é mais do que uma marca económica — é parte da nossa identidade. Contribui para o emprego, o desenvolvimento local e a valorização do trabalho das nossas gentes.

A Festa das Adiafas tem precisamente esse propósito: promover e enaltecer a agricultura e o mundo rural, reconhecendo o esforço e a qualidade dos produtores que fazem do Cadaval um concelho de referência.

 

JC: De que forma o Município tem acompanhado o setor agrícola?

 

RP: A agricultura é a principal atividade económica do concelho, e o Município acompanha de perto a sua evolução e desafios. Temos um setor dinâmico e inovador, e mantemos uma relação de grande proximidade com produtores e associações, respondendo de forma rápida às suas necessidades.

Estamos atentos a temas prioritários como o combate ao fogo bacteriano, a gestão sustentável da água e os efeitos das alterações climáticas. Em articulação com as associações, está em desenvolvimento um plano hídrico para garantir o uso sustentável da água e a sua disponibilidade para a agricultura, o turismo e o lazer.

Foi também criada uma “via verde” para o licenciamento de infraestruturas agrícolas, agilizando processos e incentivando o investimento.

Outro tema que acompanhamos de perto é a habitação dos trabalhadores sazonais, uma área em que procuramos apoiar a criação de condições dignas para todos.

O nosso compromisso é claro: apoiar o setor agrícola, celebrando conquistas e preparando o futuro com políticas que promovam a sustentabilidade, a inovação e a coesão.

 

JC: Como vai decorrer a edição deste ano? Quais os principais destaques?

 

RP: A edição deste ano reflete o crescimento e a vitalidade que a Festa das Adiafas tem alcançado ao longo dos anos.

O certame contará com 70 expositores, entre artesãos, produtores agrícolas, e empresas locais, o que demonstra o dinamismo do concelho e o reconhecimento da importância deste evento como espaço de promoção, partilha e valorização do território.

O programa combina tradição, inovação e animação, mantendo os momentos emblemáticos — o Concurso de Vinhos Leves da Região de Lisboa e a eleição da Rainha das Adiafas — e um cartaz musical diversificado, com artistas conhecidos e talento local.

Não podemos esquecer as tasquinhas dinamizadas pelas associações do concelho, sempre repletas de sabores autênticos e do espírito acolhedor que caracteriza o Cadaval.

Fica o convite a todos para visitarem o Cadaval e viverem connosco esta grande festa, que é um verdadeiro orgulho do nosso concelho.

 

JC: Este é o principal evento anual do concelho do Cadaval. Como se inova para mantê-lo atrativo?

 

RP: Temos procurado, ano após ano, melhorar as condições do recinto, diversificar a programação e criar novas experiências que tornem o evento cada vez mais atrativo para diferentes públicos. Essa inovação faz-se também através do envolvimento da comunidade, das associações locais e dos expositores, que são parceiros fundamentais na preparação e dinamização da festa.

Em termos de infraestruturas, o espaço do evento cresceu, o que representa um passo importante na resposta à elevada procura de expositores e à necessidade de proporcionar melhores condições aos participantes e visitantes.

Acreditamos que o futuro se constrói com base naquilo que temos de mais valioso: as nossas pessoas, o nosso território e a nossa capacidade de inovar sem perder as raízes. A Festa das Adiafas é a prova de que tradição e modernidade podem caminhar lado a lado.

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