Luís Montenegro anunciou que decisão da localização do Hospital do Oeste será avaliada

9 de Outubro de 2025

“Suspendemos o processo que estava em curso para aprofundar a avaliação sobre a decisão da construção da localização do Hospital do Oeste”. Esta foi a declaração da noite de Luís Montenegro, presidente do PSD, no jantar da candidatura de Hugo Oliveira à presidência da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, na passada segunda-feira, na Expoeste, perante mais de um milhar de apoiantes.

Era o assunto principal e já tinha sido focado por quem o antecedeu nos discursos e Luís Montenegro, que disse estar ali não como Primeiro-Ministro, “mas como presidente do PSD que tem grande influência no Primeiro-Ministro”,  começou por declarar que “não tenho por hábito aproveitar os momentos eleitorais para criar expetativas exageradas face àquilo que sei podem e devem ser os enquadramentos e os fundamentos das decisões que temos de tomar”.

“Não vou aqui dizer qual vai ser a decisão, porque será aquela que resultar desse processo de avaliação aprofundado, fundamentado, com todas as consequências que podem acarretar as escolhas que nós fazemos. E essa garantia as Caldas da Rainha e todos os concelhos do Oeste têm do PSD e, por via do PSD, do Governo”, prosseguiu.

O líder social-democrata assegurou que “os critérios serão de justiça, terão de ser transparentes, terão de ser do melhor serviço e cá estarei, qualquer que seja a decisão, para dar a cara, explicar o porquê dela ter sido tomada e depois aguardar aquilo que seja a compreensão de todos, nas Caldas, no Bombarral, em Torres Vedras, em todos os concelhos”.

Luís Montenegro não prometeu o que todos no pavilhão da Expoeste queriam ouvir – que o novo Hospital do Oeste viria para as Caldas da Rainha – mas também não disse o contrário, não confirmando a decisão tomada em 2023 pelo então ministro da Saúde do Governo PS, Manuel Pizarro, que anunciou que seria construído na Quinta do Falcão, no Bombarral. Contudo, não avançou um prazo para a decisão.

Para o concelho das Caldas, para combater a falta de médicos de família, o líder do PSD comprometeu-se com “uma unidade de saúde familiar modelo C, com a participação da autarquia, do setor social e do setor privado, para que os caldenses tenham a resposta que hoje o Serviço Nacional de Saúde não é capaz de salvaguardar”.

Num discurso de mais de meia hora, o líder do PSD considerou que nos últimos quatro anos – em que o concelho foi governado pelo movimento Vamos Mudar – “a mudança foi má e não resultou”, elogiando as qualidades de Hugo Oliveira para “resolver os problemas das vidas dos caldenses e colocar as Caldas da Rainha num patamar de desenvolvimento”.

Antes, o candidato à Câmara tinha defendido que se o futuro hospital não se situar entre Caldas da Rainha e Óbidos será “um erro territorial, técnico e não cumprirá fielmente a sua função”.

Lembrou também que o Vamos Mudar se coligou com “o mesmo Partido Socialista que anunciou o hospital para outra localização [Bombarral]”. “Vitor Marques tem agora dois amores – o PS ou o Hospital?”, interrogou. “Era de um partido, que por acaso era o nosso, passou para independente e acaba nas mãos do outro partido. Chama-se instinto de sobrevivência para se manter no poder”, criticou.

As críticas a Vitor Marques prosseguiram: “Há dias ouvi o candidato do Vamos Mudar coligado com o Partido Socialista dizer que queria a maioria, porque já tinha 10 mil votos. Fiquei chocado. Porque é arrogância política. Só no dia 12 é que vamos saber qual é a decisão dos eleitores”.

Acusando o atual presidente de Câmara e recandidato de “passividade, incapacidade de aproveitar fundos comunitários e de fazer investimentos por falta de verbas”, indicou que Vitor Marques “tinha 50 medidas com que se comprometeu em 2021 e 72% não foram cumpridas”.

Entre outros assuntos, Hugo Oliveira aproveitou para deixar uma garantia: “Sim, vamos suspender a taxa de saneamento para quem não o tem e que a paga de uma forma injusta”.

Antes de Hugo Oliveira discursaram Fernando Costa, antigo presidente da Câmara e agora cabeça de lista à Assembleia Municipal, e Manuel Isaac, também candidato à Assembleia.

Fernando Costa disse que o concelho “parou nestes quatro anos” de governação do Vamos Mudar e que o orçamento da Câmara “são 10% para obras e 90% para despesas correntes”, razão pelo qual resolveu voltar “à política ativa”.

Manuel Isaac, ligado ao CDS, lembrou que “fui o rival do PSD nas Caldas da Rainha” mas Hugo Oliveira “será o melhor presidente da Câmara para as Caldas”, por isso “aceitei fazer parte desta candidatura, para Caldas da Rainha ter um novo rumo, porque está morta”.

 

Aceda à sua conta.

Preencha os campos abaixo para entrar na sua conta.
Esqueceu-se da password?Clique aqui.
Ainda não tem conta?Registe-se aqui.
Tipos de assinatura disponíveis
Simples – Gratuito

• Valildade ilimitada
• Possibilidade de comentar nos artigos

7 Dias Digital – €1

• Validade de 7 dias.
• Acesso a todo o contéudo digital.
• Acesso completo ao arquivo de publicações impressas.
• Possibilidade de comentar nos artigos.

1 Ano Digital – €15

• Validade de 365 dias.
• Acesso a todo o contéudo digital.
• Acesso completo ao arquivo de publicações impressas.
• Possibilidade de comentar nos artigos.

1 Ano Digital + Papel – €30

• Validade de 365 dias.
• Acesso a todo o contéudo digital.
• Acesso completo ao arquivo de publicações impressas.
• Receba o jornal todas as semanas.
• Possibilidade de comentar nos artigos.

Crie a sua conta.

Preencha os dados abaixo para se tornar assinante.
Já tem conta?Aceda aqui.
Selecione a assinatura pretendida