A coligação apresentou à imprensa local, no dia 26 de setembro, as principais medidas, sendo que a totalidade do programa autárquico da coligação vai estar disponível no site da candidatura que será lançado em breve. Nesta sessão foram apresentadas 172 medidas, uma das quais a luta pela construção do novo hospital nas Caldas da Rainha.
O processo de elaboração deste programa teve início com a realização do Fórum + Caldas, a 28 de junho, no qual participou cerca de uma centena de caldenses, divididos em grupos com diversos temas, tendo sido apresentadas várias ideias.
Para além disso, convidaram também várias personalidades das Caldas para contribuírem para a sua elaboração.
As propostas das várias áreas foram apresentadas não só por Hugo Oliveira, mas também pelos seis elementos que o seguem na lista candidata à Câmara.
Em relação à área da cultura, foram apresentados vários projetos, nomeadamente o Centro de Memória Futura (espaço de investigação, arquivo histórico e editora municipal) e tornar o Parque D. Carlos I “num grande jardim cultural aberto à comunidade”, com a construção de um grande auditório na zona do antigo parque de campismo.
Outras das propostas para este setor são a criação de uma rede de espaços culturais, em que serão mapeados todos os locais no concelho que podem ser utilizados, assim como descentralizar a programação para todas as freguesias.
A coligação defende a criação de espaços de incubação para criadores, no qual terão também apoio nos processos burocráticos e na divulgação do seu trabalho, mas também com bolsas de criação.
O programa prevê ainda uma coleção municipal de arte contemporânea que englobe as peças da autoria dos artistas da Escola Superior de Artes, entre outros caldenses. Para a rede de museus municipais, pretendem criar um caderno de obras prioritárias para a requalificação dos espaços, entre outras medidas.
Aumentar e requalificar as zonas verdes da cidade e dos centros urbanos das freguesias rurais, recuperar o Parque Urbano das Águas Santas e “cuidar melhor” do Parque e da Mata são também algumas das promessas. “Queremos que se sinta que somos uma Cidade Jardim”, salientou Hugo Oliveira.
Ao nível ambiental, defende ainda a requalificação das linhas de água da cidade e a criação de um centro de recolha, tratamento e transformação de resíduos cerâmicos (economia circular), mas também a aposta na agricultura regenerativa, nas quintas pedagógicas e a constituição do Conselho Municipal da Sustentabilidade.
Hugo Oliveira quer colocar painéis solares nos estabelecimentos de ensino e nos edifícios municipais, assim como estabelecer uma rede de mobilidade sustentável entre a cidade e as freguesias, com a criação de parques de estacionamento periféricos e de uma estação intermodal. Vai ainda implementar um programa de melhoria de acessos e mobilidade para pessoas com deficiência, com campanhas de sensibilização e educação para a mobilidade
Outra questão prende-se com a requalificação da Frente Marítima e Lagunar da Foz do Arelho, para o qual existe um projeto que nunca avançou. Em relação à Lagoa de Óbidos, entende ser essencial a constituição de um Observatório que acompanhe este ecossistema.
Uma das novidades será um programa de imersão profissional criativa para jovens dos 12 aos 16 anos, para a ocupação de tempos livres, em períodos de férias escolares, fomentando experiências em contextos profissionais de trabalho com empresas do concelho.
No desporto, destaque para o estabelecimento de condições para que Caldas da Rainha seja centro de estágio do Mundial de Futebol 2030 e vários programas de dinamização de atividade físicas para todas as idades. Pretende ainda implementar um serviço municipal de prescrição de atividade física, em articulação com centros de saúde, promovendo exercício físico como forma de prevenção.
Na educação, prioridade para as obras de requalificação das escolas Raúl Proença, D. João II e de Santa Catarina, assim como reabrir a escola do Coto. Quer também atualizar o financiamento e rever a regulamentação das Atividades de Enriquecimento Curricular do 1º ciclo e disponibilizar residências municipais para professores.
Ao nível da habitação, para além da construção de 300 fogos, procura também apostar em casas para os jovens em todas as freguesias, desburocratizar os processos de licenciamento e a reabilitação do património público e privado.
A criação de um espaço de “concierge” para empreendedores, com ligação a um balcão único de apoio à criação e instalação de empresas, é uma das medidas propostas para a área da economia.
Para os mais idosos, prevê-se a criação de três lares com conceito de Envelhecimento Ativo, assim como o desenvolvimento de vários programas de apoio.
A Jorge Varela coube uma pequena análise sobre aquilo que o movimento Vamos Mudar tinha prometido no seu programa de há quatro anos e do que concretizou neste mandato.
Segundo o número dois na lista da coligação, “mais de 70% das 50 medidas apresentadas pelo VM não foram cumpridas”. De acordo com a opinião da coligação, só oito das medidas foram cumpridas na sua totalidade e “seis delas parcialmente”.










