Azulejos de elevado valor patrimonial furtados da ermida de São Antão

3 de Outubro de 2025

Painéis de azulejo, de elevado valor histórico, artístico e patrimonial, foram furtados do interior da ermida de Santo Antão, em Óbidos, estando as autoridades policiais a investigar o caso.

 

“Estes azulejos representam não apenas a riqueza cultural do concelho, mas também uma parte da identidade e memória coletiva que agora se vê gravemente ferida”, manifestou a Câmara Municipal, que apela à colaboração de “todos os cidadãos que possam possuir informações relevantes para recuperar este património insubstituível”.

“O roubo destes elementos não constitui apenas uma perda material, mas sobretudo uma afronta à história, à arte e à fé que, há séculos, se enraízam em Óbidos”, sublinha a autarquia.

A ermida de Santo Antão foi mandada construir em 1386, em cumprimento de um voto, por D. Antão Vaz Moniz, fidalgo obidense e um dos combatentes da Ala dos Namorados na Batalha de Aljubarrota. O cavaleiro de D. João I fundou a capela em cumprimento da promessa que fizera se o Mestre de Avis ficasse vitorioso em Aljubarrota, como sucedeu.

O interior, de uma só nave, é decorado com um revestimento de azulejos azuis e brancos do século XVIII, que representam cenas da vida do padroeiro. Boa parte dos azulejos foi furtada das paredes.

Com acesso através de uma longa escadaria de 150 degraus até ao topo de um cabeço com o mesmo nome, com cerca de 80 metros de altura, a ermida é alvo de uma romaria anual a 17 de janeiro, altura em que se fazem e pagam promessas pela saúde dos animais domésticos e rurais, ao encontro da importância agropecuária que a região tinha noutros tempos e em homenagem ao santo que protege os animais.

Há, no entanto, um acesso ao Santo Antão pelo Bairro Senhora da Luz, que terá sido utilizado para consumar o furto, uma vez que seria difícil descer a escadaria carregado de azulejos.

Ao Secretariado Nacional de Bens Culturais da Igreja foi entretando sugerido que haja um catálogo geral dos bens da Igreja por paróquias, para que quando existam furtos sejam divulgadas imagens das peças, de forma a serem reconhecidas quando alguém tente vendê-las.

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