A edição de 2025 reforçou a aposta na ópera descentralizada, com apresentações em quatro espaços distintos: o Parque Tecnológico de Óbidos, a Praça da Criatividade, o Museu Abílio Mattos e Silva e o Convento de São Miguel das Gaeiras.
No total, subiram aos palcos 26 cantores líricos, dois bailarinos, 67 coralistas do Coro Sinfónico Lisboa Cantat e do Coro Voces Cælestes, além de 99 músicos da Orquestra de Câmara Portuguesa e da Orquestra Filarmónica Portuguesa.
O programa destacou-se pela mescla entre talento nacional e internacional: das vozes consagradas às emergentes, passando por nomes renomados como o barítono ucraniano Nazar Mykulyak e o contratenor belga Logan Lopez Gonzalez. A nível internacional, destaque aos encenadores André Heller-Lopes e Max Hoehn, ao compositor austríaco Christoph Renhart e ao maestro singapurense Darrell Ang. O festival contou também com jovens solistas portugueses que estudam e trabalham no estrangeiro e que encontram em Óbidos um espaço de eleição para se apresentarem em Portugal.
Esta edição distinguiu-se ainda por uma programação pensada para ser acessível a diferentes públicos e gerações: desde a récita exclusiva para a comunidade escolar até às óperas concebidas a pensar em famílias e jovens, o festival assumiu o compromisso de aproximar a ópera de novos espetadores.
Esta terceira edição sob a alçada da ABA – Banda de Alcobaça Associação de Artes, em parceria estratégica com o Município de Óbidos, teve no último fim de semana a apresentação da ópera O Segredo de Susanna, em double bill com o bailado El Amor Brujo, de Manuel de Falla. No primeiro, destacou-se o elenco composto por Ana Vieira Leite, Nazar Mykulyak e Gonçalo Ramalho; no segundo, a voz de Maria Luísa de Freitas deu vida a uma obra-prima da música espanhola, acompanhando os bailarinos Ivanoel Tavares e Catarina Ribeiro. Ambos os espetáculos contaram com a Orquestra Filarmónica Portuguesa, sob a direção do maestro Darrell Ang.








