“O mercado imobiliário nas Caldas da Rainha e no Oeste em geral mantém-se muito dinâmico, mas, diga-se, mais seletivo. Há procura ativa, mas os compradores tendem a analisar e avaliar com mais pormenor as opções que têm antes de eleger uma”, afirmou a responsável, acrescentando que o tempo médio de venda ronda os sete meses, o que reflete “um mercado estável, mas exigente”.
Segundo a especialista, os apartamentos T2 e T3 continuam a liderar as transações. “São os mais procurados e representam a maioria das operações realizadas”, explicou. Ainda assim, as moradias familiares, sobretudo de tipologia T4 ou superior, estão também em alta, particularmente quando oferecem espaço exterior e boa localização. “Nesses casos, atingem valores médios por metro quadrado mais elevados”, sublinhou.
Os perfis de compradores são variados, mas destacam-se três grupos principais. “Primeiro, temos as famílias locais, que procuram melhorar as suas condições de habitação. Depois, há compradores oriundos da Grande Lisboa, atraídos por preços mais competitivos e pela qualidade de vida do Oeste. Por fim, temos os estrangeiros, maioritariamente europeus, que encontram na região um destino autêntico, próximo do mar e a curta distância da capital e do aeroporto”, descreveu.
Questionada sobre a evolução dos preços, Sílvia Barreto recorda que, no último ano, a valorização acompanhou a tendência nacional. “Nos últimos doze meses registou-se uma valorização, acompanhando a tendência nacional, cujos preços subiram 17,7%”, disse. Contudo, a profissional começa a notar diferenças dentro do próprio mercado. “Nas Caldas da Rainha, começa a notar-se alguma estabilização em certos segmentos, sobretudo no mercado de usados, enquanto imóveis novos ou diferenciados continuam a valorizar”, adiantou.
Sobre o futuro, não prevê “uma descida generalizada dos preços”. “O mais provável é que o mercado estabilize, com subidas mais moderadas e ajustamentos pontuais. Os imóveis com boa localização ou caraterísticas diferenciadoras, esses sim, deverão continuar a valorizar”, destacou.
Zonas com maior procura e valorização
Dentro da cidade, a freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório é, atualmente, uma das mais dinâmicas e com maior procura. Já na região Oeste, são a Foz do Arelho, Óbidos e São Martinho do Porto que se destacam. “São muito procurados para segunda habitação e por compradores estrangeiros, devido à proximidade da lagoa, do mar e do património histórico”, apontou.
Na hora de aconselhar quem procura casa, Sílvia Barreto diz que para quem pretende comprar o conselho é “agir com rapidez quando surge a oportunidade certa, já que os melhores imóveis continuam a ter bastante procura. É essencial conhecer bem o mercado e contar com aconselhamento profissional”.
Já para quem está do lado da venda, a recomendação passa pela preparação e valorização do imóvel. “É importante preparar bem o imóvel e definir um preço ajustado à realidade do mercado. Um imóvel bem-apresentado e promovido de forma profissional atrai mais interessados e permite obter melhores resultados”, concluiu.










