Na sessão no CCC estiveram presentes mais de 500 pessoas, a maior parte das quais acabou por subir ao palco durante a apresentação dos candidatos à Câmara, à Assembleia Municipal e às 12 juntas de freguesia do concelho.
“Mais de 50 por cento dos candidatos são independentes. Isto sim, é um verdadeiro movimento de pessoas que querem fazer mais pelas Caldas”, afirmou.
“Queremos um concelho feliz e saudável”, disse Hugo Oliveira, e para isso vão ser apresentadas propostas em áreas estruturantes como a área da saúde, do desporto e da habitação, entre outras.
Nesta última área, criticou o atual executivo pela sua falta de ambição na apresentação de projetos para serem financiados. “A candidatura das Caldas é de 2,6 milhões de euros. Em Alcobaça o valor é de 19 milhões e em Peniche de 30 milhões”, comentou, garantindo que se ganhar as eleições irá rever essa estratégia com o governo.
“Temos de apostar na habitação a custos controlados e na habitação social”, defendeu.
Ficou também promessa da linha de transportes públicos Toma ser totalmente renovada, com mais linhas e paragens.
A coligação defende ainda a cobertura da Praça da Fruta, num projeto para o qual querem abrir um concurso público para que seja feito por um arquiteto de renome e assim criar também algo que seja funcional e também atrativo.
Hugo Oliveira quer reaproveitar projetos que estavam a ser preparados para avançar no mandato em que era vice-presidente da Câmara, como o silo automóvel junto à estação da CP e a continuação da ciclovia até à Foz do Arelho, entre outros.
O vereador, agora na oposição, salientou que a maior parte das obras feitas pelo executivo do Vamos Mudar tinham sido preparadas pelo PSD e teme que se vencer as eleições não tenha nenhum projeto pronto a ser a executado.
O candidato adiantou ainda que se o Instituto Politécnico de Leiria se transformar em universidade, pretende lutar pela criação nas Caldas da Rainha das faculdades de Medicina e de Arquitetura.
O JORNAL DAS CALDAS sabe que o programa está a ser elaborado em conjunto com algumas figuras que eram simpatizantes do Partido Socialista e que aceitaram o desafio de ajudar a coligação neste processo.
Em relação à localização do novo hospital, Hugo Oliveira disse que iria lutar até aos limites para que este fique nas Caldas da Rainha.
“Nós temos razões objetivas para que o novo hospital seja construído nas Caldas e é urgente fazê-lo”, salientou.
O candidato à Assembleia Municipal, Fernando Costa, revelou que a situação do novo hospital foi a principal razão que o levou a candidatar-se. O ex-autarca criticou a forma como a localização no Bombarral foi escolhida e tentou explicar aos dirigentes do PSD presentes como faz muito mais sentido o hospital ser construído nas Caldas.
O eurodeputado Vasco Becker-Weinberg, em representação do CDS, referiu-se a essa questão, dizendo que “nas eleições autárquicas isso [a localização do novo hospital] poderá ficar decidido”, dando a entender que a eleição de Hugo Oliveira para presidente de Câmara teria influência.
A intervenção do candidato à Assembleia Municipal centrou-se também na situação financeira do Município caldense, que apelidou de “muito preocupante”.
O ex-presidente da Câmara das Caldas criticou o aumento da percentagem das despesas correntes em relação às despesas de capital (investimentos em obras) e a contração de empréstimos quando se fala numa boa situação financeira.
Em nome dos candidatos a presidentes de junta pela AD, Pedro Raposo salientou que a coligação apresenta “listas ecléticas, em aliança partidária, com experiências em várias áreas de qualificação e atividade profissional, com aptidão para enfrentar os problemas públicos com um olhar alinhado com a visão de futuro para o nosso concelho e a partir da função base e crucial que as freguesias, em cooperação, têm”.
Isabel Xavier, presidente da comissão de honra da candidatura, evocou os 500 anos do falecimento da Rainha D. Leonor, que assinalam em 2025, para recordar como na segunda década do século passado a fundadora das Caldas serviu de mote para um conjunto de caldenses ter levado a cabo uma série de iniciativas muito relevantes para o futuro da terra.
Foi nesse espírito que se conseguiu a elevação a cidade e que foi criada Misericórdia das Caldas, entre outros feitos históricos, e é dessa forma que Isabel Xavier acredita que Hugo Oliveira poderá vir a presidir aos destinos caldenses. “Para levar avante uma política cultural que nos valorize”, concluiu.
A cerimónia contou também com a presença de Rui Rocha (secretário de Estado da Proteção Civil) e do vice-presidente do PSD, Hugo Soares, entre outros dirigentes nacionais do partido.
Hugo Soares salientou o percurso político de Hugo Oliveira e a sua experiência nos vários cargos que ocupou, nomeadamente depois de ter sido eleito como deputado. Testemunhou também que o candidato sempre colocou os interesses das Caldas da Rainha à frente de qualquer outro.
“Para o Hugo seria certamente mais cómodo continuar a vida que tinha até aceitar este desafio”, considerou, acreditando que abdica de tudo para que possa agora servir Caldas da Rainha.
O social-democrata foi bastante crítico do movimento Vamos Mudar, a quem acusou de “fazer mal às Caldas” e referiu que votar noutros partidos seria “desperdiçar votos”.










