O projeto consistiu na criação de um vinho com história, cuja originalidade reside no facto de ter sido armazenado, durante seis meses, num local de baixas temperaturas, um antigo poço profundo situado na emblemática Real Fábrica do Gelo, na Serra de Montejunto. Esta etapa de maturação conferiu ao vinho caraterísticas únicas, resultando num produto verdadeiramente distinto.
Para concretizar a sua ideia, a jovem estabeleceu uma parceria com a Adega Cooperativa da Vermelha, utilizando como base o Vinho Regional de Reserva Mundus, nas variantes tinto e branco. Também solicitou o apoio da Câmara Municipal do Cadaval para poder utilizar o poço da Real Fábrica do Gelo. Íris Bernardes foi ainda responsável pelo design dos rótulos e das cápsulas do produto final. “Coloquei 12 garrafas de vinho branco e outras 12 de vinho tinto no poço”, explicou a aluna.
A apresentação e prova do “Gelo Enológico” tiveram lugar na tarde de 7 de junho, na Real Fábrica do Gelo. O evento contou com a presença de várias entidades, entre as quais o presidente da Câmara Municipal do Cadaval, Ricardo Pinteus, o presidente do Conselho de Administração da Adega Cooperativa da Vermelha, Rui Soares, a professora orientadora do projeto, Susana da Cunha, bem como amigos e familiares da aluna.
De acordo com Íris Bernardes, o feedback da prova foi bastante positivo, tendo o vinho branco sido o mais apreciado pelos presentes, “destacando-se pelo sabor mais intenso e por uma frescura natural adquirida durante o processo de conservação”.
A aluna revelou que a ideia partiu da sua orientadora e foi recebida com grande entusiasmo, sobretudo por ser natural de uma zona com forte tradição vitivinícola.
No âmbito do projeto, Íris Bernardes realizou um trabalho de pesquisa e reuniu-se com o enólogo da Adega Cooperativa da Vermelha, que lhe deu algumas orientações.
A aluna ambiciona que o vinho branco, a que deu o nome de “Gelo Enológico”, venha a ser comercializado por esta adega.










