O tema do concurso deste ano foi Zé Povinho, uma vez que a icónica figura criada por Rafael Bordalo Pinheiro faz 150 anos. Os jovens participantes foram desafiados a usar a sua criatividade e talento para criar excertos de banda desenhada (BD) utilizando o tema desta personagem representante do povo português. Este ano teve a edição mais participada, com 39 trabalhos diferentes.
No 1º escalão (dos 12 aos 15 anos) Álvaro Silva arrecadou p primeiro lugar com o trabalho “Que queres tu, Zé?”, Anais Silva ficou em segundo lugar com o trabalho “Pão problema”, e Maria Ramos em terceiro lugar com o trabalho “O Zé a lutar sempre”. Ainda neste escalão, Marta Lupyak e Maria Inês Letra foram distinguidas nas menções honrosas, através de um trabalho em conjunto sem título.
No segundo escalão (dos 16 aos 21 anos) os vencedores foram Nicholas Mendonça, em primeiro lugar com o trabalho “Bem-vindo ao mundo real”, Sofia Bernardes, em segundo lugar com o trabalho “Quem é o Zé Povinho?” e Charlie Monteiro, em terceiro lugar com um trabalho sem título. Neste escalão as menções honrosas foram para os trabalhos “150 anos e nada mudou” de Marta Ferreira e “Sempre o mesmo” de Beatriz Silva.
O primeiro, segundo e terceiro lugar foram premiados com 200, 150 e 100 euros respetivamente e as menções honrosas receberam um livro de BD. Todos os participantes saíram do concurso com um certificado.
Álvaro Silva, vencedor no 1º escalão, disse que, para a sua BD, “quis dar uma espécie de relação entre o meu artístico e o artístico do Bordalo” e Nicholas Mendonça, o primeiro lugar do 2º escalão, não conhecia a personagem previamente ao concurso, mas retratou-a da maneira mais “respeitosa possível”, não deixando de dar o seu toque pessoal.
Marco Fraga da Silva, professor de artes e membro da associação de BD Tentáculo, Carla Gonçalves, técnica superior da Biblioteca Municipal e Nuno Fragante, professor e sub-diretor na Escola Superior de Artes e Design, formaram o júri que julgou os trabalhos.
Este concurso começou após Jorge Machado-Dias, falecido artista de design gráfico e BD, ter doado a sua coleção particular de banda desenhada à Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha. Este ato de generosidade levou a Câmara a criar o concurso de modo a homenagear e perpetuar o autor: “Achámos que esta doação merecia que déssemos continuidade com outra que fosse também criativa”, explicou Conceição Henriques, vereadora da cultura da Câmara das Caldas da Rainha.
O evento tem evoluído gradualmente e é livre de participação para todos os jovens do país, que se incluam dentro dos escalões. Aida Reis, diretora da Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha, exprimiu vontade de “dar continuidade a este projeto”, acreditando plenamente no seu potencial para evoluir e reunir cada vez mais jovens artistas”.
Todos os anos são publicadas fanzines com todas as entradas dos participantes. Este ano a fanzine intitula-se Pedra Pomes 3. Pedra Pomes por ser o nome de um trabalho que Jorge Machado-Dias nunca chegou a publicar e 3 por ser a terceira edição do concurso. Desde o ano passado que, paralelamente ao concurso, têm sido realizados também workshops e, este ano, houve mais participantes nas oficinas, que se realizaram uma vez por mês, desde janeiro, geralmente ao sábado à tarde.
A exposição com os trabalhos estará patente até dia 29 de agosto, na Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha.










