Os Laboratórios de Educação Digital têm como objetivo contribuir para apoiar as escolas na integração transversal das tecnologias digitais no processo de ensino e de aprendizagem, visando a inovação educativa e pedagógica, assim como o desenvolvimento de competências digitais.
“Este ano foi possível explorar mais uma vertente dos cursos profissionais que anteriormente não conseguíamos porque não havia material para isso”, explicou a professora de programação, Marisa Matias.
A candidatura para a criação deste laboratório no agrupamento já tinha sido realizada há dois anos, mas só se concretizou a atribuição do kit no final de 2024.
No total foram atribuídos seis computadores, cinco robots (mBot2), uma impressora 3D modular, um microscópio de laboratório digital e uma série de outos componentes da área da eletrónica e da robótica, que estão a ser utilizados pelos alunos. Os robots podem ser programados através das plataformas Arduino ou Raspberry P.
O projeto LED proporciona também uma série de elementos teóricos para o desenvolvimento de cenários de aprendizagem (como segurança rodoviária, energias verdes otimização de água numa estufa, entre outros) e partilhas pedagógicas entre escolas.
Os formandos do curso de técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos foram os que mais se envolveram neste laboratório.
Leonardo Pimenta, do 11º ano, é já considerado um craque na programação 3D e está atualmente a trabalhar na elaboração do mapa a três dimensões de toda a escola. O objetivo final é que seja possível visitar e interagir virtualmente a escola, num género de jogo que será jogado através da Internet. “Foi muito importante as ferramentas que vieram com o kit do LED”, afirmou.
O professor de Redes e Comunicação, Gil Ribeiro, destaca que no final do curso os alunos sabem as bases necessárias para integrar no mercado de trabalho nesta área. Há casos de finalistas que acabam por ficar nas empresas em que realizaram o seu estágio, devido às capacidades que demonstram.
“Este ano podemos fazer estágios também na área da programação, tendo em conta o que os alunos aprenderam no LED”, referiu Marisa Matias.
Por outro lado, têm envolvido também a restante comunidade escolar, desde as crianças dos jardins de infância, em atividades onde são utilizados os robots. “São os próprios alunos do 11º ano que fazem essa ligação com os mais novos”, adiantou a professora.









