“Sabores de Angola” surpreende com experiência sensorial e gastronómica

4 de Junho de 2025

A Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste foi palco de uma autêntica viagem aos sabores de África com a iniciativa “Sabores de Angola”, concebida por Érica Cruz, do curso de Cozinha, de 18 anos, natural de Angola e residente em Portugal há sete anos, no âmbito da PACT – Prova de Avaliação de Competências em Turismo.

A experiência contou com o apoio da turma de Gestão e Produção de Cozinha e teve como objetivo principal surpreender e envolver os participantes numa experiência sensorial gastronómica.

O evento decorreu no Restaurante Pedagógico Ferreira da Silva, e logo à entrada, os convidados, entre os quais o diretor, professores, colaboradores da escola e familiares da aluna, foram recebidos com uma entrada de inspiração francesa (mil folhas de camarão picado com molho bechamel e legumes). Esta escolha teve um propósito claro criar uma ilusão gastronómica. “Eles vão pensar que vão para um evento gastronómico francês”, explicou Érica Cruz antes do início da experiência.

Com os olhos vendados, os convidados foram conduzidos ao restaurante, onde a verdadeira surpresa os aguardava: um autêntico almoço tradicional angolano. No menu, destacaram-se pratos típicos como o mufete – peixe grelhado acompanhado de banana pão –, moamba de galinha com funge e feijão de óleo de palma, iguarias que evocam o paladar e as raízes de Angola.

“Quis trazer um pouco da minha cultura, das minhas origens, e proporcionar aos convidados uma experiência que não fosse apenas de paladar, mas também de descoberta e partilha”, acrescentou a aluna, visivelmente emocionada com o sucesso da iniciativa.

Érica Cruz e os colegas vestiram-se com trajes tradicionais angolanos, acrescentando autenticidade e cor ao ambiente. Antes de retirarem as vendas dos olhos, os participantes foram surpreendidos com o rugido de um leão, seguido por música típica de Angola, que ajudou a criar uma atmosfera imersiva. A experiência sensorial foi ainda enriquecida com uma dança tradicional angolana, que marcou o início da viagem cultural e gastronómica.

Este tema foi escolhido com o objetivo de mostrar que Angola não é apenas sinónimo de pobreza, como muitos pensam, mas que tem também um lado rico e uma cultura bonita e vibrante.

“Sabores de Angola” mostrou-se, assim, como um exemplo de criatividade, identidade cultural e competência profissional, traduzindo-se numa prova de avaliação que ultrapassou todas as expectativas.

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