Prospeção de jazidas jurássicas em Salir do Porto pode revelar comportamento dos dinossauros

3 de Junho de 2025

O Município das Caldas da Rainha assinou no passado dia 30 um protocolo com o GEAL – Museu da Lourinhã e a Sociedade de História Natural, com vista à realização de uma campanha de prospeção das jazidas jurássicas de Salir do Porto, sob coordenação da geóloga Inês Marques, do Geoparque Oeste da UNESCO, e com o apoio da União das Freguesias de Tornada e Salir do Porto.

Esta campanha decorrerá durante o mês de julho e contará com o apoio de jovens voluntários que tenham interesse em aprender técnicas de trabalho de campo em paleontologia.

Vai permitir limpar uma laje jurássica com cerca de 155 milhões de anos onde foram descobertas várias dezenas de pegadas de dinossauros. Localizada a sul da duna de Salir do Porto, “preserva pegadas que testemunham comportamento natatório dos dinossauros, nomeadamente os dinossauros carnívoros, a que os cientistas chamam os dinossauros terópodes”, relatou Inês Marques à agência Lusa.

Na prática, as pegadas descobertas em Salir do Porto “não mostram a zona do calcanhar, a zona posterior do pé, como é habitual vermos em pegadas”, disse a investigadora do Geoparque Oeste, explicando que “isso mostra que realmente estes dinossauros estariam, pelo menos em determinadas fases, a flutuar”.

Os vestígios apontam para que no local existisse uma coluna de água que os investigadores estimam ter tido “entre meio metro e três metros e que faria com que os dinossauros só tocassem com a zona mais distal, portanto, as pontas dos dedos, nas argilas que existiriam naquela altura”, acrescentou.

A laje encontra-se parcialmente coberta por vegetação e por sedimentos que a geóloga acredita poderem estar “a tapar mais material, neste caso provavelmente pegadas”, o que levou os investigadores a avançar com a campanha de prospecção, que poderá revelar novas e raras informações sobre o comportamento dos dinossauros.

Numa primeira fase será feita a limpeza da laje, depois o registo fotográfico e as medições de novas pegadas que sejam descobertas, a prospeção de outros materiais (como ossos) que possam existir na zona envolvente e, finalmente “um voo com drone, a uma altitude mais baixa para se conseguir ver em maior pormenor toda a laje e fazer um modelo 3D”, explicou Inês Marques.

A Câmara das Caldas da Rainha irá apoiar a campanha assumindo os custos de transporte e alimentação de voluntários que pretendam inscrever-se para participar nos trabalhos que irão por a descoberto 18.400 dos mais de 22 mil metros quadrados totais da laje.

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