Todos os domingos e feriados, a partir das onze da manhã, o Grupo Phoz Plage encontra-se para jogar futebol na praia, alargando o convívio a quem queira aparecer, mas no primeiro dia do ano o convívio assume contornos especiais, com a ida ao banho no mar. A iniciativa tem passado por várias gerações.
“Este ano tivemos um dia de sol. A água está um bocadinho fresquinha mas aguenta-se bem, e o mar da Foz está sem ondas, o que é uma coisa rara”, manifestou Nelson Coito, responsável do grupo.
“É agradável e espero que seja o prenúncio de um bom ano para todos”, comentou, frisando que “começar assim o ano dá melhores energias e dá para aliviar o stress do dia a dia”.
Sobre a longevidade da tradição, indicou que “ainda há uns fundadores e isto vai passando para os filhos, para os amigos e conhecidos, e espero que se mantenha por muito anos”. “Vamos renovando, quem quiser é bem vindo aos domingos e feriados às onze horas, faça chuva ou sol estamos sempre aqui”, vincou.
Houve quem desse mergulhos, outros apenas molharam os pés. Isabela Custódio, de doze anos, foi o único elemento do sexo feminino a jogar à bola este ano, mas na altura de ir à água não se aventurou. “Não tive coragem porque a água estava fria, mas fui molhar os pés”, contou.
“É uma boa experiência e divertido”, considerou a adolescente, que joga futebol no Caldas e diz estar empenhada em manter esta tradição.
Para Francisco Ferreira, a ida ao banho serve para “afastar os maus olhados”, gracejou. “Eu infelizmente já não posso jogar, por lesões crónicas, mas gosto de participar no momento de ir ao mar e acho que é importante manter este espírito de brincadeira”, referiu.
“Faço parte deste grupo há cinquenta anos e o que está aqui em causa é a amizade e o convívio”, sublinhou.
Pedro Silva, outro dos participantes, afirmou que “é uma tradição que tem de se fazer o esforço para continuar e trazer a malta nova para dar seguimento, como nós demos”.
Depois do jogo e do banho, até levou para casa água do mar dentro de uma garrafa. “A patroa não pôde vir porque está em recuperação de uma cirurgia e então vou levar um bocadinho de água para ela molhar os pés”, justificou.
Como é habitual, quem perde no jogo de futebol arruma as balizas. O convívio acaba com um brinde e alguns doces, e a promessa de, quem puder, regressar aos domingos de manhã e feriados, ou então só no primeiro dia de 2026.
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