As Assembleias e Câmaras Municipais das Caldas da Rainha, Óbidos e Rio Maior escreveram uma carta à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a solicitar uma audiência conjunta.
Os autarcas pedem à governante que a reunião, se possível, seja nas Caldas da Rainha, para que a ministra possa fazer uma visita ao terreno urbano que defendem para a instalação do novo hospital do Oeste.
A decisão de escrever a carta à ministra surgiu depois de uma reunião dos presidentes das autarquias das Caldas, Vitor Marques, de Óbidos, Filipe Daniel, e de Rio Maior, Filipe Santana Dias, e membros das Assembleias Municipais, que decorreu no dia 17 de julho.
Recorde-se que os presidentes das autarquias de Caldas e Óbidos apresentaram no ano passado ao anterior ministro da Saúde uma alternativa à localização do Bombarral para a construção do novo equipamento, num terreno de 60 hectares na extrema com o concelho de Óbidos, entre a Estrada Nacional 114 e a linha férrea do Oeste. Vinte e cinco hectares pertencem ao município das Caldas, 35 são de Óbidos e mais de 25 hectares são do domínio público pertencentes ao Ministério da Defesa e ao Ministério da Saúde.
Paulo Espírito Santo, líder da bancada do PSD e membro da Comissão de Saúde da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, disse ao JORNAL DAS CALDAS que reuniram com o presidente da Câmara das Caldas da Rainha “no sentido de colocar na ordem do dia o tema da localização do novo Hospital Oeste, sugerindo uma reunião em conjunto com os municípios das Caldas da Rainha, Óbidos e de Rio Maior, para se unirem novamente para que a cidade termal não perca o hospital”.
Isto depois de todos os grupos parlamentares terem reclamado a urgência da construção do novo hospital na região Oeste e questionarem o governo se mantém ou não a decisão do Governo anterior em construir o equipamento no Bombarral.
A construção do novo hospital do Oeste é um dos equipamentos em fase de projeto na área da saúde que consta da “Pasta de Transição” entregue pelo governo liderado por António Costa ao atual primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Segundo o documento, o perfil assistencial e a localização foram aprovados em junho de 2023, “estando em estudo o modelo de financiamento”, que foi entregue à consultora PricewaterhouseCoopers (PWC) em fevereiro deste ano.
O presidente da Câmara das Caldas disse ao JORNAL DAS CALDAS que outras autarquias e Juntas de Freguesia de concelhos vizinhos mostraram-se interessados em estar presentes na audiência com Ana Paula Martins, porque também defendem que o Hospital se mantenha no território caldense.
Vitor Marques revelou que já tinham um pedido de audiência com a ministra da Saúde no início do mandato, mas que “até à data não foi possível, acreditando que tem tido muito trabalho e logo que puder virá às Caldas da Rainha”.
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