O Ministério da Saúde prevê para o mês de outubro a entrega do relatório final e do resultado do estudo relativo aos impactos sociais e económicos da criação do novo hospital do Oeste e a identificação de soluções para os polos do atual Centro Hospitalar do Oeste (CHO).
O relatório final será remetido ao Governo, sendo ainda “premente a definição de uma calendarização para construção do novo hospital”, refere o gabinete da ministra, numa resposta a uma interpelação do Bloco de Esquerda na Assembleia da República.
Para o Bloco de Esquerda, o Ministério da Saúde contorna a pergunta sobre a calendarização da obra e sobre as verbas. “Ficamos sem saber quais os planos do Ministério da Saúde após o relatório final do estudo e se o Orçamento de Estado de 2023 já trará algo de novo. Dada a situação do CHO, esta calendarização seria urgente, mas as populações ficaram sem resposta”, manifestou o partido.
Sobre o que está pensado para os atuais hospitais “a resposta volta a ser evasiva”.
Segundo o Ministério da Saúde, “o estudo qualitativo permitirá identificar um conjunto de possíveis utilizações para as atuais instalações, bem como analisará a possibilidade de articulação entre as atuais unidades de saúde da região e a configuração da oferta de cuidados de saúde”. “Concretamente, identificará quais as unidades do atual CHO que poderão complementar os serviços prestados no novo hospital, em função da solução que minimiza o movimento da população”, adiantou.
Tendo em vista a projeção do novo hospital, foi celebrado entre a Administração Regional de Saúde, o CHO e a Comunidade Intermunicipal do Oeste (CIMOeste), em 9 de setembro de 2019, um acordo com vista à elaboração do estudo para definir o perfil, dimensionamento e localização.
No último trimestre de 2019 foi selecionada a Universidade Nova de Lisboa para a elaboração do estudo. No final desse ano, a Assembleia Municipal das Caldas da Rainha questionou a CIMOeste sobre a forma de escolha da entidade selecionada, defendendo que deveria ser adjudicada por concurso público.
Na sequência dessa interpelação foi entretanto lançado concurso público para aquisição do estudo, o qual foi alvo de impugnação, tendo a adjudicação ocorrido no final de julho de 2021.
Em junho de 2022 foram apresentados aos parceiros envolvidos o relatório intercalar do estudo qualitativo e o estudo sobre a localização, que aponta o hospital para o concelho do Bombarral, o que é contestado por Caldas da Rainha.
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