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Desvio de ambulâncias deixa socorro dos bombeiros em risco

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O encaminhamento de doentes para outros hospitais, quando as urgências estiverem encerradas a receber ambulâncias, pode deixar os bombeiros sem viaturas disponíveis, uma vez que o tempo do serviço é mais prolongado devido à distância maior a percorrer. Exemplo disso foi o que se passou na última segunda-feira com os bombeiros de Torres Vedras, que […]

O encaminhamento de doentes para outros hospitais, quando as urgências estiverem encerradas a receber ambulâncias, pode deixar os bombeiros sem viaturas disponíveis, uma vez que o tempo do serviço é mais prolongado devido à distância maior a percorrer.

Exemplo disso foi o que se passou na última segunda-feira com os bombeiros de Torres Vedras, que estiveram cinco horas com apenas uma ambulância disponível, devido ao encerramento das urgências do hospital ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), obrigando ao encaminhamento de doentes para outros hospitais, revelou a agência Lusa.
O comandante dos bombeiros, Hugo Jorge, disse que o fecho das urgências do Hospital de Torres Vedras a doentes encaminhados pelo CODU “obrigou a transportar os doentes sobretudo para os hospitais de Loures e de Santa Maria [em Lisboa], o que resulta numa maior demora dos serviços”.
Hugo Jorge alertou que “se esta situação se repetir, não haverá capacidade de resposta da corporação”, podendo haver ainda o risco de as corporações mais próximas (Lourinhã, Merceana, Sobral de Monte Agraço e Cadaval) “poderem também ter todas as ambulâncias em serviço, já que estas populações são servidas pelo Hospital de Torres Vedras”, havendo o mesmo problema com o tempo que gastam a levar os doentes para Loures ou Lisboa.
“Não há planeamento que consiga aguentar isto e qualquer dia não temos bombeiros”, lamentou o comandante, alertando que “os voluntários não podem estar sujeitos a serviços que não sabem quantas horas demoram, quando depois têm que ir para os seus trabalhos, esgotados, muitas vezes sem dormir”.
A administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), onde se integra o Hospital de Torres Vedras, confirmou a existência de “alguns constrangimentos” na Urgência Médico-Cirúrgica desta unidade, “designadamente porque está a decorrer a mudança de instalações do Serviço de Urgência para duas áreas de transição, o que vai permitir a libertação do espaço da Urgência para a realização da obra de remodelação da mesma”.
Esta obra vai iniciar-se no final da semana e decorrerá ao longo dos próximos seis meses.
Nestas circunstâncias, “podem ocorrer demoras com as ambulâncias, relacionadas com a falta de espaço para alocar mais doentes no interior do Serviço de Urgência, as quais serão resolvidas logo que viável”, referiu ainda a administração.
Foi assegurado que a Urgência Médico-Cirúrgica da unidade das Caldas da Rainha, outro dos hospitais do CHO, “está a funcionar normalmente” e “a rececionar alguns doentes” de Torres Vedras.

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