Q

Previsão do tempo

12° C
  • Sunday 15° C
  • Monday 14° C
  • Tuesday 15° C
11° C
  • Sunday 15° C
  • Monday 14° C
  • Tuesday 15° C
13° C
  • Sunday 15° C
  • Monday 15° C
  • Tuesday 14° C
Região Oeste

Empresários com otimismo moderado face ao desconfinamento

Francisco Gomes

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
O número de desempregados na região Oeste aumentou de 7761 para 11914 entre fevereiro do ano passado e fevereiro deste ano, segundo os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional, o que leva a Associação Empresarial da Região Oeste (AIRO) a afirmar que “os impactos da pandemia na população são severos”. Ainda assim, o desconfinamento faseado que estamos a vivenciar é encarado pelos empresários com esperança da melhoria da situação económica.
Empresários esperam melhoria da situação económica com o desconfinamento

A AIRO apresentou a última análise do impacto económico da Covid-19 nas empresas da região Oeste. Com o objetivo de analisar a realidade empresarial no primeiro trimestre deste ano foi realizado um questionário entre os dias 24 de março e 12 de abril, tendo sido validadas 82 respostas de empresários.

A maioria das empresas (68%) respondeu ter mantido constante o número de trabalhadores. 5% das empresas reduziram o número de colaboradores, enquanto 15% dos questionados já haviam reduzido anteriormente. 11% das empresas inquiridas registaram um aumento do número de colaboradores. Por fim, 1% suspenderam colaboradores em fim de contrato.

A maioria das empresas (73%) afirma a sua intenção de manter o número de colaboradores, 22% têm intenção de aumentar e 5% de reduzir.

Das empresas com atividade empresarial suspensa ou em lay-off, 61% pensa retomar atividade até ao verão, 3% até ao final do ano, 34% não tem ainda previsões e 2% já não irá reabrir.

A maioria das empresas sofreu uma diminuição do seu volume de negócios normal. 20% diminuiu em mais de 80%, 12% registam uma queda de negócio entre os 60% e os 80%, 12% entre os 40% a 60%, 15% com diminuição a rondar os 20% a 40%, e 7% sofreram diminuições na ordem dos 20% ou menos.

18% indicam não ter diminuído o seu volume de negócios e 6% aumentou o volume de negócios em 20%.

35% das empresas estimam recuperar até 20% dos seus volumes de negócios. 18% dos empresários têm a esperança de uma recuperação na ordem entre os 20% e 40% de volume de negócios, sendo que 16% dos inquiridos aponta para uma recuperação entre os 40% e os 60%. 3% das empresas estimam uma recuperação de negócios entre os 60% e os 80%.

No lado oposto encontram-se 20% dos empresários que estimam que o volume de negócios das suas empresas se mantenha constante e não sofra alterações.

Face ao cenário atual 42% dos inquiridos apontam para que a sua atividade empresarial volte à normalidade dentro de 12 a 24 meses, 23% apontam para uma retoma da normalidade dentro de 3 meses, já 15% dos empresários apontam para um período de seis meses até à normalidade e 12% para um período de mais de 24 meses. Com um pensamento menos positivo encontram-se 7%, que perspetivam que não existirá uma retoma da normalidade.

Numa situação de desconfinamento gradual face à pandemia, 38% dos empresários classificam o encerramento das suas atividades como um risco baixo, 34% risco moderado e 15% risco elevado. Apenas 13% consideram o risco de encerramento como nulo.

Assiste-se a uma melhoria nas perspetivas das empresas, pois destaca-se um aumento considerável de respostas que apontam risco baixo de 24% no último inquérito para 38% atualmente, baixando de 37% para 15% os que consideram o risco elevado, o que revela um aumento de confiança no atual plano de desconfinamento e no futuro da situação pandémica.

Relativamente ao combate à crise, a maioria dos empresários (57%) encontra-se “pouco confiante” relativamente às medidas de apoio que foram disponibilizadas. Numa situação de maior desconfiança encontram-se 25% dos empresários, dado afirmarem estar “nada confiantes”. Apenas 18% afirmam estar “confiantes” com as medidas disponibilizadas, representando assim uma minoria das respostas.

72% das empresas responderam não vir a ser necessário recorrerem a lay-off futuramente. 28% afirmam essa necessidade.

A maioria das empresas, nomeadamente 67%, afirmam possuir sustentabilidade financeira nos meses que se avizinham, mas 33% não.

Face ao período de verão que se avizinha e que normalmente é dos períodos do ano mais produtivos para o tecido empresarial do Oeste, é considerada pela maioria das empresas como uma oportunidade de aumento de produção/faturação, nomeadamente por 73%, ao contrário das restantes 27%.

Perante a necessidade de desenvolver soluções alternativas e estratégicas, as três alternativas mais vezes assinaladas pelos inquiridos recaíram sobre as redes sociais, negócio digital (e-commerce) e novos produtos/serviço adaptado.

Questionados acerca de medidas que deveriam ser implementadas a nível local de forma a apoiar a atividade económica, as respostas mais vezes obtidas foram estruturas de apoio a empresas, agilização de procedimentos burocráticos municipais, campanhas de marketing e comunicação, realização de eventos ou de ações de visibilidade, e incentivos ao consumo de comércio local.

“Verificamos um contraste face ao inquérito realizado anteriormente, em janeiro, aquando do novo confinamento geral e do agravar da situação pandémica, assistindo a uma melhoria das perspetivas e da confiança que os empresários da região possuem. Em variados indicadores podemos registar esta fase mais positiva. A maior positividade registada é influenciada pelo desconfinamento faseado que estamos a vivenciar e pela melhoria da situação pandémica em Portugal, tal como pelo aproximar do verão, período pelo qual a maioria dos empresários inquiridos afirmou esperar que possa ser uma oportunidade de aumento de faturação”, refere a AIRO.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Artigos Relacionados

Incêndio desaloja casal de idosos

Um casal de idosos teve de ser realojado numa residencial de São Martinho do Porto depois do incêndio ocorrido na noite de 11 de dezembro na pequena habitação onde residia, em frente a um stand de automóveis na EN8, na estrada entre Tornada e Vale de Maceira.

incendio 1

Novo Passe M no Oeste vai permitir mobilidade gratuita entre os municípios

A partir de 1 de janeiro estará disponível o novo Passe M, uma iniciativa inovadora criada pela Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM) com o objetivo de promover a mobilidade para todos. O Oeste torna-se “a primeira região do país a implementar a gratuitidade dos transportes no modelo intermunicipal, uma solução que reforça o compromisso com a mobilidade universal, tornando-a mais sustentável, tendencialmente gratuita e orientada para as pessoas”.

passe

Atos de vandalismo e furto de materiais nas obras na Linha do Oeste

A Infraestruturas de Portugal (IP) revelou que as obras de modernização na Linha Férrea do Oeste têm sido alvo de “atos de vandalismo e furto de materiais”, nomeadamente ao nível dos sistemas de sinalização e de distribuição e alimentação elétrica aérea, que comprometem as funções de exploração dos equipamentos de sinalização e passagens de nível instalados no longo do troço entre as estações de Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras.

110995 linha1