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Autarca de Rio Maior pede reavaliação do confinamento no concelho

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O presidente da Câmara de Rio Maior, Filipe Santana Dias, enviou esta segunda-feira uma carta ao Primeiro-Ministro, António Costa, onde apela para que o Governo tenha em conta a atual situação epidemiológica no concelho, com vista à reavaliação do panorama de risco definido a nível nacional.

Na missiva pode ler-se que Rio Maior cumpre com os critérios necessários para poder manter-se no nível de desconfinamento em que se encontrava na última semana, com 191 casos por cem mil habitantes.

Filipe Santana Dias alerta para o facto de Rio Maior estar numa “clara tendência de descida, em oposição a outros concelhos onde se verifica um número crescente de casos de Covid-19”.

“Ao dia de hoje, Rio Maior contabiliza 23 casos ativos, um número que, não nos permitindo perder o foco neste combate, não será de todo tão gravoso como as medidas que atualmente nos são impostas”, sustenta.

“Rio Maior é um dos concelhos mais testados per capita do país. Foram efetuados, nos últimos 15 dias, mais de três mil testes, em ações dirigidas à população em geral, às comunidades escolares e às empresas”, revela o presidente da Câmara.

Na comunicação ao Primeiro-Ministro, o autarca de Rio Maior propôs alterações nos critérios de avaliação da situação de risco dos concelhos, como forma de melhorar a resposta do país à pandemia.

Apontou a necessidade da avaliação da densidade populacional. ”No combate a uma doença cuja transmissibilidade é tanto maior quanto a proximidade entre indivíduos, parece-nos essencial que a densidade populacional possa ser tida em conta, ajustando de forma mais próxima à realidade a análise da situação epidemiológica de cada concelho”, considerou.

O autarca pediu também a elaboração de um relatório da tendência evolutiva da pandemia. “Um parecer da Direção-Geral de Saúde que possa atestar a tendência de determinado concelho no momento da tomada de decisão. Um concelho que se situe num ponto onde a inversão positiva da situação epidemiológica esteja a uma curta distância de ser alcançada, poderá mais facilmente receber um “voto de confiança” no sentido de, mantendo a referida tendência, poder acompanhar as medidas de desconfinamento”, defendeu.

Por último, sugeriu uma periodicidade mais curta das avaliações. “As pequenas e médias empresas vivem tempos de autêntica agonia financeira. Cada dia que passa, e com graves constrangimentos à sua atividade normal, verificamos um crescimento exponencial das dificuldades sentidas pelos empresários. Assim, para Rio Maior, uma periodicidade mais curta da avaliação, no pressuposto do cumprimento dos critérios naqueles concelhos ser atingido mais cedo, seria bastante redutora dos prejuízos causados”, justificou.

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