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Caldense entregou 50 viseiras ao hospital das Caldas

Mariana Martinho

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O caldense Pedro Ventura, de 27 anos, que está a produzir viseiras de proteção facial na sua impressora 3D, de forma a auxiliar os profissionais de saúde que estão na linha da frente no combate à Covid-19, já entregou cerca de cinquenta viseiras à unidade hospitalar de Caldas da Rainha e trinta a Torres Vedras, e quinze à PSP de Caldas da Rainha.
Pedro Ventura imprime as viseiras em casa

Licenciado em Engenharia Mecânica pelo ISEC, o caldense decidiu juntar-se à causa e ajudar depois de ver uma publicação no grupo do Facebook “Movimento Maker – Portugal”, no qual havia membros que estavam a imprimir modelos de viseiras criado pela empresa “Prusa”, empresa de impressoras 3D.

Com uma impressora 3D em casa, Pedro Ventura recorreu a um vídeo no YouTube, do canal “3D Printing Nerd”, onde “o modelo me chamou mais à atenção pela sua simplicidade, sendo necessária apenas uma peça, dando a possibilidade de produzir mais viseiras”.

Para a produção das viseiras de proteção, o caldense utiliza filamento de plástico PLA e plástico de origem orgânica para a armação, que é feita numa impressora 3D. No que diz respeito à parte responsável pela proteção propriamente dita “é feita através de uma folha de acetato”, tendo até agora produzido cerca de 95 equipamentos, que vão “ajudar os que estão na linha da frente nesta fase muito difícil para todos, principalmente para quem arrisca a vida por todos nós todos os dias”.

Além dos hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras, o caldense também já ofereceu algumas viseiras à PSP de Caldas da Rainha. “Serão também entregues, assim que possível, nos Bombeiros Voluntários de Caldas da Rainha”, referiu o jovem, que atualmente aguarda pela chegada de mais material para continuar a poder retomar a produção de viseiras.

Contudo, a quebra de stock nos acetatos e no filamento de plástico tem dificultado a produção e consequente entrega de mais unidades. Nesse sentido, Pedro Ventura aguarda pela entrega de mais filamento para a impressora para poder retomar a produção de viseiras e assim “continuar a produzir até serem precisas”.

Até ao momento, o caldense contou com uma “pequena ajuda”, por parte da papelaria Jardim, que ofereceu cerca de 20 acetatos, e ainda um amigo, Miguel Subtil, que lhe pediu um pequeno número de viseiras para uso próprio, tendo fornecido mais acetatos.

A par disso, o jovem foi contactado via Facebook por um outro caldense, Miguel Santos, que “se disponibilizou para ajudar a imprimir mais viseiras”, e o proprietário do Caldas Bar, Emanuel Chamusco, que também contribuiu monetariamente para a causa. “Todos estes apoios surgiram por vontade própria dos intervenientes, que sabendo o seu destino, tomaram também a iniciativa de ajudar”, sublinhou o engenheiro mecânico, adiantando que “sem eles não seria possível dar continuidade a este projeto”.

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