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Núcleo de Desenvolvimento Comunitário das Caldas da Rainha

“Janela para a Comunidade” dá voz a exemplos de sucesso de apoio às populações

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

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Foi com casa cheia que decorreu, no passado dia 20, na Casa dos Barcos, no Parque Dom Carlos I, o primeiro encontro do projeto “Janela para a Comunidade”, organizado pelo novo Núcleo de Desenvolvimento Comunitário das Caldas da Rainha.
Líderes do Núcleo de Desenvolvimento Comunitário das Caldas da Rainha

Foi com muita emoção que decorreu a iniciativa de boas práticas que deu voz a Célia Antunes, fundadora do projeto Olha-Te, que apoia doentes oncológicos e familiares na região. De Lisboa esteve Ana Patacho, da Fundação Infantil Ronald McDonald, que falou de como as casas Ronald McDonald têm contribuído para a saúde e bem-estar de crianças e suas famílias da região das Caldas da Rainha. A sessão iniciou com lançamento e apresentação do novo Núcleo de Desenvolvimento Comunitário das Caldas da Rainha, formado por elementos que querem fazer a diferença por meio de projetos sociais que têm como meta os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável. O grupo é liderado por João Sá Nogueira, Manuela Franco, Natércia Oliveira, Paula Ganhão, Carlos Oliveira e João Lopes. É um clube de homens e mulheres que compartilham o compromisso do Rotary com o serviço e a preocupação com o desenvolvimento sustentável de longo prazo da sua comunidade. É apadrinhado pelo Rotary Clube das Caldas da Rainha. Um dos grandes impulsionadores e presidente do Núcleo de Desenvolvimento Comunitário das Caldas da Rainha, João Sá Nogueira, disse que os objetivos são melhorar a qualidade de vida da comunidade, formando parcerias entre rotários e não rotários, apoiar quem trabalha e bem faz em prol da comunidade e promover soluções sustentáveis para as necessidades da comunidade. A divulgação de boas práticas de responsabilidade social também é uma vertente importante para este Núcleo de Desenvolvimento Comunitário, que criou o programa “Janela para a Comunidade”, “dando voz àqueles que fazem bem”, apontou João Sá Nogueira,que foi diretor executivo da Fundação Infantil Ronald McDonald. “Estamos cansados de todos os dias ouvir más notícias, é altura também de fazer propaganda das coisas boas e este é o primeiro evento da “Janela para a Comunidade”, disse. “O objetivo é incentivar as organizações a integrar cada vez mais os valores da ética e da responsabilidade para um futuro mais sustentável e também partilhar conhecimentos e experiências bem sucedidas”, adiantou João Sá Nogueira no primeiro evento com o tema “Boas Práticas de Responsabilidade Social”. Foi assim que surgiu o convite a Célia Antunes, fundadora do projeto Olha-Te, e a Ana Patacho, da Fundação Infantil Ronald McDonald, que “têm contribuindo para o bem-estar da comunidade e que vivem do voluntariado”. “Esperamos que o seu exemplo de sucesso de apoio à comunidade, nomeadamente a pessoas das Caldas da Rainha, possa ser replicado por outros cidadãos e empresas e que mostre às pessoas que o auxílio que por vezes necessitam está mais perto do que pensam”, declarou o presidente do Núcleo de Desenvolvimento Comunitário das Caldas da Rainha. Olha-te “Apoiar doentes oncológicos e familiares gratuitamente envolvendo a comunidade com atividades de prevenção primária que fomentem o bem-estar e o desenvolvimento pessoal”, é, segundo Célia Antunes, a missão do Olha-Te, que funciona no Recreio Clube (Clube de Inverno). “Iniciou em 2010, por eu ter tido um problema oncológico quando tinha 30 anos, e além dos tratamentos fiz outras atividades ligadas à arte e à descoberta da parte espiritual do meu ser e quis passar esta mensagem e foi assim que nasceu o Olha-Te”, contou, a fundadora. Aulas de desenho, yoga, valorização pessoal, escrita criativa, pilates, ginásio da mente, mudras, contemplação de música, ginásio da mente, coaching, relaxamento, meditação, são algumas das atividades desenvolvidas pelo Olha-Te, que estão abertas a todas as pessoas. Célia Antunes falou ainda das férias de recuperação turismo emocional, que nasceu em 2013, em parceria com a Segurança Social da Bélgica. A fundadora convidou a equipa que trabalha com ela para falar da experiência no Olha-Te, que cativou o público presente com o seu testemunho. José Nogueira, presidente da assembleia geral, recordou que o Clube de Inverno onde foi fundado o Olha-Te era uma associação que nasceu em 1926, a imitar os clubes ingleses, onde não entravam senhoras e jogava-se cartas e bridge. “Quando aparece esta grande ideia do Olha-Te, claro que tínhamos que aderir e aqui nasceu um império do amor e da amizade”, salientou José Nogueira, acrescentando que mais do que um “projeto das Caldas é um projeto do mundo”. Testemunho de uma caldense que viveu na Casa Ronald McDonald A Fundação Infantil Ronald McDonald existe em Portugal há 18 anos e contribui para o bem-estar das crianças e das suas famílias. São mais de 2000 famílias que têm beneficiado de três projetos: as Casas Ronald McDonald de Lisboa e do Porto e o Espaço Familiar Ronald McDonald no Hospital Santa Maria em Lisboa. A Casa de Lisboa, inaugurada em 2008, já acolheu 1650 famílias (80 do distrito de Leiria) e apoia os hospitais Dona Estefânia, Santa Maria, Capuchos, Santa Marta e Maternidade Alfredo da Costa. Ana Patacho disse que do estudo que foi feito, o acolhimento, apoio, ajuda, disponibilidade, convívio, proximidade do hospital, conforto, organização e funcionamento, são os aspetos mais valorizados pelas famílias que ficam nas casas desta Fundação. A caldense Maria João Fialho, que esteve durante um mês e meio a viver na casa por causa de um problema de saúde do filho, que estava internado no Hospital Santa Marta, deu o seu testemunho. Afirmou que “não tem preço” existir um espaço como este para os pais “poderem viver algumas horas do dia como se estivessem na sua casa, mais perto dos filhos”. “A casa permitiu-me estar perto do meu filho, dedicar-me 100% a ele, porque tinha ali todo o conforto e o apoio do meu marido e da minha filha e estava próximo do hospital”, disse. Maria João Fialho adiantou que quando disse ao filho que ia ficar na Casa de Lisboa da Fundação Infantil Ronald McDonald ele sentiu-se melhor porque sabia que estava perto. “Quando me ia embora para as Caldas, sempre por volta das dez da noite o meu filho ficava em pânico porque ia para longe, mas depois de estar na casa a ansiedade dele diminuiu”, contou a mãe. “Senti todo o conforto e tive a ajuda de todos, inclusive do segurança que me ensinou a lavar a roupa na máquina e o convívio e partilha com as outras famílias foi espetacular”, declarou a caldense.“Na casa fui recebida com muito carinho e amor e consegui-me libertar um pouco da angústia e todos os dias partilhava com as colaboradoras ou com as outras famílias coisas boas e menos boas, mas o mais importante foi a partilha de energia positiva entre todos para aguentar melhor os próximos dias”, sublinhou. No final decorreu um debate e um momento musical com Joaquim António Silva e João Caldas Lopes, com música e instrumentos contemporâneos. A obra em cerâmica que representa novo projeto “Janela para a Comunidade” foi criado pelo artista Carlos Oliveira, que não pôde estar presente.

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