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Questão discutida em “Pontos de Vista”

Como celebrar o 25 de abril nas Caldas da Rainha?

Francisco Gomes

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Aproximam-se as comemorações do 25 de abril. Nas Caldas da Rainha, ao longo de vários anos, as iniciativas passavam por uma sessão solene no salão nobre da Câmara, em que o objetivo de reunir a população veio gradualmente a deixar de ser atingido. Também as autarquias da cidade se juntavam para um programa de atividades sobretudo desportivas realizadas por coletividades, o que este ano volta a acontecer (ver cartaz de eventos na página 17).
Manuel Nunes, do PS, Francisco Matos, do BE, Vítor Fernandes, do PCP, António Cipriano, do PSD, Rui Gonçalves, do CDS-PP, e Emanuel Pontes, do MVC

No ano passado, e começando pela mudança nas comemorações do 16 de março – a revolta da Caldas – em que vários partidos realizaram iniciativas, igualmente o 25 de abril mereceu uma abordagem diferente, com cada partido na Assembleia Municipal a promover conferências.

Este ano no 16 de março houve uma conferência histórica em que foi anunciada a produção de um monumento a instalar em 2016 em frente ao quartel. E quanto ao 25 de abril, como deve ser celebrado nas Caldas o Dia da Revolução? Foram as questões discutidas na última emissão de Pontos de Vista, programa da Mais Oeste Rádio em parceria com o Jornal das Caldas.

Francisco Matos, do Bloco de Esquerda, apresentou sugestões: “Umas para o curto prazo que ainda podem ser aplicadas e outra mais ambiciosa, a médio prazo. Em relação a este ano, porque não fazer num auditório a apresentação de um filme temático sobre a revolta dos cravos, seguida de discussão com um historiador e um militar de abril, para esclarecer as gerações mais novas que não viveram o 25 de abril? O Bloco de Esquerda no Porto, por exemplo, este ano apresenta um ciclo de cinema sobre revoltas populares no mundo. Outra possibilidade é uma manifestação contra a ditadura do trabalho precário. Vivemos essa ditadura atualmente e nas Caldas temos muitos exemplos. Quem devia promover a manifestação deviam ser os sindicatos ou os próprios trabalhadores. A médio prazo, podia ser feito um protocolo entre a Câmara e a ESAD.CR para se utilizar os alunos da área de multimédia para realizarem curtas-metragens sobre o 16 de março e o 25 de abril, promovendo um concurso em que as três melhores fossem vistas nesses dias”.

“O BE nas Caldas da Rainha está com uma crise de militância e como os recursos são escassos não vamos fazer nenhuma iniciativa no 25 de abril”, adiantou.

Manuel Nunes, do PS, apontou que a realização do parlamento jovem, no dia 22 de abril, com a presença de deputados especiais – os jovens que frequentam o ensino secundário nas escolas caldenses – é uma boa iniciativa para consciencializar a juventude sobre o que se passou. “A brincar, costumo perguntar a alunos do secundário em que ano foi o 25 de abril e não sabem, veem-se aflitos e baralham-se com o ano da queda do muro de Berlim”, comentou. O PS fará parte da sessão “História e Estórias” que a assembleia municipal irá realizar no dia 24, no CCC, onde cada partido com assento na Assembleia Municipal (o BE não faz parte e lamenta não ter sido convidado na mesma já que ali teve representação) irá convidar um orador para dar o seu testemunho sobre o 25 de abril, num evento que será moderado pelo Jornal das Caldas.

O socialista recordou ainda que “no ano passado fizemos uma proposta para que se fizesse um centro de interpretação do 16 de março”.

António Cipriano, do PSD, declarou que as iniciativas deste ano são “comemorações bastante interessantes”. “Nada melhor que os mais novos terem contato com as formas da democracia – que são as assembleias – para que daqui a alguns anos nos possam substituir”, referiu, elogiando igualmente a iniciativa de 24 de abril e as atividades organizadas pelas juntas de freguesia da cidade.

Vítor Fernandes, do PCP, disse que na sessão solene que dantes se realizava “a intervenção de algumas forças políticas incomodavam o poder”. “O 25 de abril merecia outras comemorações. Em 2013, tentámos com algumas forças políticas e sociais que se fizesse um concerto de 24 para 25, com bandas que pudessem ter a ver com 25 de abril, e houvesse uma personalidade não partidária que falasse sobre o 25 de abril. Isso foi entendido como uma iniciativa que ia por em causa as ações do 25 de abril promovidas pelas juntas de freguesia e acabou por cair”, afirmou.

“O que se vai fazer é positivo e ainda bem que se faz, mas já que não se quer fazer a sessão solene podia-se fazer um concerto com músicos que tenham a ver com o 25 de abril”, argumentou.

Os comunistas vão promover iniciativas. No dia 23, a Comissão Concelhia do PCP organiza no salão nobre da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório uma sessão pública sobre “O 25 de abril e a Cultura”. O evento, com início às 21h30, terá a participação de José Carlos Faria, membro do executivo da Direção da Organização Regional de Leiria do PCP.

A CDU organiza um almoço comemorativo dos 41 anos da revolução no dia 25 de Abril, pelas 13 horas, no Restaurante “Paraíso”, com a presença de Ângelo Alves, da comissão política do Comité Central do PCP.

Rui Gonçalves, do CDS-PP, disse que o 25 de abril “devia ser comemorado com outra dimensão”. “O debate com um representante de cada partido que tenha vivido o 25 de abril nas Caldas é uma forma redutora e um modelo gasto. As pessoas estão fartas”, sustentou.

“O modelo do ano passado, em que cada partido realizou a sua iniciativa, podia ser aproveitado. O PCP vai falar sobre a Cultura. Outros partidos podiam abordar temas diferentes em relação às mudanças no país após o 25 de abril, em vez de histórias vividas”, considerou.

Para Emanuel Pontes, do MVC, “é importante transmitirmos o espírito do 25 de abril, senão passará a ser apenas um feriado”. Apoiando a ideia defendida pelo representante do BE para a realização de curtas-metragens, “para cativar quem não viveu o 25 de abril”, disse esperar que possa surgir alguma proposta do género na assembleia jovem.

Francisco Gomes

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