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Praga de gaivotas persiste na Berlenga

Francisco Gomes

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O número de gaivotas na ilha da Berlenga ainda está acima do desejável. Serão perto de 30 mil casais, depois de vários anos de controlo da natalidade e de outras medidas mais radicais. Uma praga que afeta o ecossistema da reserva natural e as populações que vivem na zona costeira de Peniche. Na Reserva Natural da Berlenga encontra-se a maior colónia de gaivotas em território nacional. Há cerca de trinta anos, verificou-se crescimento exponencial, como resultado da disponibilidade praticamente ilimitada de alimento que estas aves encontravam no pescado descarregado no porto de Peniche e no aumento de lixeiras a céu aberto.
Existem ainda cerca de 30 mil casais de gaivotas na Berlenga

O número de gaivotas na ilha da Berlenga ainda está acima do desejável. Serão perto de 30 mil casais, depois de vários anos de controlo da natalidade e de outras medidas mais radicais. Uma praga que afeta o ecossistema da reserva natural e as populações que vivem na zona costeira de Peniche.

Na Reserva Natural da Berlenga encontra-se a maior colónia de gaivotas em território nacional.

Há cerca de trinta anos, verificou-se crescimento exponencial, como resultado da disponibilidade praticamente ilimitada de alimento que estas aves encontravam no pescado descarregado no porto de Peniche e no aumento de lixeiras a céu aberto.

Houve que adotar medidas radicais de controlo da população, como o abate de gaivotas adultas, por exemplo através de envenenamento.

Desde há quinze anos que se controla a natalidade de gaivotas na Berlenga através da destruição de ovos. A colónia de cerca de 30 mil casais de gaivotas é ainda considerada uma praga.

“Havia há uns anos cerca de 40 mil casais na ilha. Era uma praga com elevados problemas, que continuam ao nível da cidade, por exemplo. Não sei precisar qual seria o número ideal, mas 20 ou 30 mil casais estão muito acima daquilo que é o ideal. A proliferação das gaivotas a dominarem os ecossistemas causa desequilíbrios até ao nível humano, por causa dos dejetos que são produzidos, o entupimento de caleiras e infiltrações”, refere Sérgio Leandro, da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche.

A abordagem que vai ser prosseguida é a recolha e destruição dos ovos. “São esmagados, mas há que haver uma ação em vários momentos, porque o casal sente que o ovo não está viável e foi destruído e volta a pôr um novo, pelo que tem de haver um trabalho contínuo ao longo da época de nidificação”, indica.

A par desta ação, é pedida a colaboração da população de Peniche para eliminar algumas das causas da proliferação de gaivotas na cidade e na Berlenga, nomeadamente acondicionar corretamente o lixo, fechando devidamente os sacos e contentores, e impedir que as gaivotas aí se alimentem.

Francisco Gomes

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