A iniciativa Verão Seguro 2010 – Clínicas de Segurança, que o Governo Civil de Leiria, em colaboração com a APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil, passou pela praia de São Martinho e pela Foz do Arelho no passado dia 29, e a adesão foi diferente nos dois locais. Se por um lado em São Martinho mais de uma centena de jovens ouviram conselhos por parte das técnicas da APSI, na Foz do Arelho foram pouco mais de uma dezena aqueles que pararam para ouvir algumas normas de segurança. Ainda assim a receptividade junto de adultos e crianças foi a tónica desta acção direccionada para a prevenção e segurança balnear e rodoviária, que passou por praias do distrito. O governador civil de Leiria, Paiva de Carvalho, comentou a acção em onze praias da orla marítima e três praias fluviais, dando especial ênfase à sensibilização na segurança rodoviária, contra os fogos florestais e também na segurança nas arribas. O responsável lembrou a todos os cidadãos a importância e a necessidade de serem respeitadas as regras de segurança, cuidados a ter e os conselhos prestados pelos agentes policiais, autoridades marítimas e nadadores-salvadores, apelando ainda para a importância da “frequência de praias vigiadas” e sensibilizando os banhistas para que “não procurem zonas de banho fora das áreas vigiadas” porque de outra forma, “atrasa e dificulta a prontidão e eficácia do socorro” em caso de necessidade. “A vigilância, activa e passiva, presente nas praias do distrito é adequada e proporcional à realidade de cada local, cabendo aos cidadãos o contributo de melhor usufruírem da segurança proporcionada, não colocando a sua vida, e a de outros, em risco”, disse. Ana Nunes, responsável da comunicação da APSI, indicou que a associação apresenta um consultório médico para a segurança infantil, onde as pessoas que estão na praia esclarecem todas as dúvidas no que diz respeito à segurança rodoviária, quer no meio aquático. “As crianças são pesadas e medidas e é recomendada a cadeirinha mais adequada. Depois as crianças fazem um jogo e dizem qual é o equipamento correcto para levar para uma piscina, para o mar ou andar de barco. As crianças ficam a saber quais são aqueles que não devem usar e levar, como são o caso das bóias, colchões, etc”, referiu. Na parte mais lúdica, adiantou Ana Nunes, as crianças aprenderamm usar os equipamentos, em acções que tiveram uma afluência muito grande. As principais dúvidas das crianças e das famílias dizem respeito aos “sistemas de retenção, as cadeirinhas. Normalmente é a sua instalação e quando é que devem trocar de uma cadeira para a outra. Há muitas incertezas. Nós distribuímos um folheto com todas as respostas a essas dúvidas. Na área dos afogamentos informamos o que as pessoas devem saber quando vão comprar umas braçadeiras ou um colete salva-vidas. Muitas vezes as pessoas compram brinquedos e não equipamentos de segurança. Os pais precisam de ter a certeza daquilo que compram. Todos os equipamentos têm de ter o certificado da União Europeia”. Durante a acção na Foz do Arelho diversas pessoas foram abordadas pelas técnicas da APSI, mas também por parte de elementos da equipa da GNR que promove nas praias do Oeste o programa Verão Seguro 2010, que aproveitaram para distribuir informação sobre as normas de segurança e alguns números sobre a sinistralidade rodoviária e balnear. “Os aspectos fundamentais para a segurança dos miúdos foram esclarecedores. Nós sabemos que há uma gama muito variada de cadeiras à venda no mercado e nem sempre os pais sabem o que é mais adequado para os filhos. Estas acções são importantes para tirar dúvidas simples. Considero que estas acções devem acontecer em mais locais e mais vezes durante o ano. Apesar das sucessivas campanhas ainda se vêem muitas crianças que não usam a cadeirinha de segurança”, disse a turista Susana Soares, de Santarém, que está a passar férias na Foz do Arelho. “É uma acção que faz todo o sentido, porque nós quando estamos na praia descuidamo-nos com as crianças. Neste local estar é fundamental. Os miúdos ficam entusiasmados com estas acções e eles próprios vão chamar a atenção dos pais para o uso da cadeirinha, de usar todos os meios de segurança rodoviária e aquática. Os acidentes sem querer acontecem”, manifestou Júlio Potes, residente em Évora e que esteve durante uns dias na Foz do Arelho. “Acho muito bem que haja estas acções para as pessoas se preocuparem com os mais pequenos. O conselho que mais retive foi em relação às braçadeiras para a praia ou piscina. Aconselharam-me a comprar as de duplo anel por serem mais resistentes e estarem dentro das normas europeias”, disse Nelson Santos, de Santarém, de férias na Foz. Carlos Barroso
Acções de sensibilização nas praias para a segurança infantil
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