Cerca de duas mil pessoas assistiram ao evento, que, como já é habitual, decorreu em duas sessões, devido à elevada adesão das famílias. A edição comemorativa dos 20 anos foi concebida como um “Remember the…”, recuperando momentos marcantes das anteriores festas de Natal do colégio, apresentados novamente no palco, num “cruzamento entre passado e presente”.
“O Colégio vive duas décadas em que muitas gerações passaram por estas salas, deixando marcas, memórias e sonhos. Para assinalar esta data tão significativa, preparámos um espetáculo diferente”, explicou a diretora pedagógica do CRDL, Sandra Santos.
O espetáculo destacou-se pelo seu dinamismo, simbolismo e forte componente artística, envolvendo o ensino articulado de dança e música e o Curso de Intérprete de Dança Contemporânea. Houve atuações que cruzaram gerações, participação de antigos alunos, momentos cénicos com fogo e uma encenação preparada com grande dedicação por toda a comunidade educativa. “Cada atuação é uma pequena viagem no tempo, um tributo às memórias que construímos juntos e aos valores que nos acompanham desde o primeiro dia”, sublinhou a responsável pedagógica. “As crianças e jovens que subiram ao palco são o reflexo vivo destes 20 anos. O presente que honra o passado e constrói o futuro”, salientou, Sandra Santos.
Durante a celebração foi também recordado um dos momentos mais desafiantes da história do colégio, o fim do contrato de associação, e a forma como a instituição conseguiu reerguer-se, com turmas particulares e os cursos profissionais, que continuam a ser financiados pelo Governo. “É o CRDL em vida adulta. Foram duas décadas de aprendizagens, de conquista de identidade, de crescimento e de maturidade, sempre com a mesma energia, ambição e vontade de fazer mais e melhor”, afirmou Sandra Santos.
Ao longo dos anos, a Festa de Natal acompanhou o crescimento do colégio e tornou-se um verdadeiro marco identitário. “Se no início era um momento mais simples e intimista, hoje é um evento de grande escala, cuidadosamente pensado, que envolve equipas multidisciplinares, uma logística complexa e uma participação muito mais alargada”, explicou.
“A coordenação de horários, ensaios e diferentes grupos é sempre um desafio, sobretudo quando queremos garantir que cada turma tem espaço para se expressar com qualidade. Ainda assim, aquilo que pode parecer complexo transforma-se numa poderosa oportunidade de crescimento e de criação de laços, sobretudo para os alunos recém-chegados. Costumo dizer que a Festa de Natal é o ponto de viragem para os alunos e famílias que ainda se estão a adaptar”, contou.
A logística de um espetáculo desta dimensão, realizado num pavilhão escolar, exige planeamento rigoroso. “Desde a construção do guião à marcação de entradas e saídas, passando pela gestão de som, luz e circulação de pessoas, tudo é pensado ao detalhe”, referiu a diretora pedagógica. “As duas sessões permitem dar resposta à elevada adesão das famílias e garantem conforto e segurança para todos. É um esforço conjunto em que professores, auxiliares, técnicos e direção trabalham como uma verdadeira equipa, transformando um espaço escolar num palco vivo e acolhedor”, adiantou.
Este ano, a celebração contou ainda com a participação de antigos alunos. “Esta é uma celebração que honra o passado, reconhece quem fez parte da nossa história e reforça o sentido de pertença que atravessa gerações. É muito gratificante ouvir os antigos alunos falar da escola, alguns deles já pais”.
Para os alunos, subir ao palco é também uma experiência transformadora. “Enfrentam medos, ganham confiança e descobrem capacidades que desconheciam. A superação da timidez acontece num ambiente seguro e essa sensação de conquista acompanha-os muito para além do espetáculo”, destacou a responsável.
Entre as tradições consolidadas ao longo dos anos estão o convívio entre as duas sessões, com um jantar que reúne professores, auxiliares, direção e equipa técnica, e o encerramento com o hino do colégio, cantado com emoção por toda a comunidade.
O CRDL conta atualmente com alunos de mais de 23 nacionalidades, incluindo muitas famílias oriundas da América do Norte. “Em vários destes países existe uma forte cultura de espetáculos escolares, e muitas famílias estrangeiras referem que este momento tem sido uma ponte importante para criarem laços e se sentirem verdadeiramente parte da nossa comunidade educativa”, concluiu Sandra Santos.










