Com base em queixas das populações, que alertaram a E-Redes sobre a perturbação no abastecimento de energia, o Núcleo de Investigação Criminal de Caldas da Rainha da GNR desenvolveu desde novembro uma investigação que culminou na passada quarta-feira, com o apoio dos postos do Bombarral, Óbidos, Peniche e Lourinhã. Dos sete elementos constituídos arguidos, cinco são portugueses, um é moldavo e outro é brasileiro. Dois deles têm antecedentes por crimes da mesma natureza.
A situação ilícita “era o furto de eletricidade” e não a mineração de criptomoedas, vincou o tenente João Marçal, adjunto do comandante do Destacamento da GNR das Caldas da Rainha. Armazéns e residências nas localidades de A-dos-Ruivos, no Bombarral, Olho Marinho, em Óbidos e Reguengo Grande, na Lourinhã, “eram abastecidos por puxadas ilegais à rede elétrica nacional, e para além do furto da energia, a potência de consumo era de tal ordem elevada que originou várias distorções e avarias na rede elétrica, causando constrangimentos no abastecimento às populações”.
Apurou-se a existência de “sistemas industriais de mineração”. Foram identificados 76 processadores interligados entre si e depois à rede elétrica.
O caso foi comunicado aos tribunais de Caldas da Rainha e Lourinhã, aguardando os arguidos em liberdade, com termo de identidade e residência, o desenvolvimento do processo judicial.







