Um mar de gente invadiu a Nazaré para assistir ao Tudor Nazaré Big Wave Challenge, a competição das ondas gigantes organizada pela Liga Mundial de Surf, que juntou vários surfistas de ondas gigantes.
A entidade responsável pela gestão da Praia do Norte como destino para desportos de ondas, mostrou-se satisfeita com o cenário no mar e em terra. “Quando começámos em 2010 esperávamos atrair pessoas à Nazaré no inverno, que era a nossa época baixa. Mas isto excede completamente as expetativas daquilo que esperávamos quando começámos. É um fenómeno que atrai muita gente, não só surfistas, atrai o comum dos turistas”, manifestou Pedro Pisco, da empresa municipal Nazaré Qualifica.
“Este evento é o ponto alto daquilo que é a época das ondas grandes, mas sempre que temos a ondulação gigante temos uma afluência bastante grande aqui à Nazaré, que é ótimo para a dinamização económica do concelho”, indicou.
Segundo explicou, “hoje [sábado] é um dia perfeito”. “As ondas gigantes dependem naturalmente das tempestades no Atlântico Norte e hoje a tempestade passa mais a norte, o que nos deixa só a ondulação, e a chuva e o vento vai para norte, o que para nós é fantástico”.
O tamanho das ondas desta vez não permitiu um novo recorde mundial, fixado em 26,21 metros, pelo surfista alemão Sebastian Steudtner, mas outro recorde terá sido batido, o da afluência de pessoas. “As ondas estão grandes, mas não estão excecionalmente grandes. Também não é isso que se pretende. Aquilo que a organização prefere é que haja performance dos atletas, que hajam manobras. Naturalmente que há sempre o risco associado, porque são ondas acima dos quinze metros. Hoje não haverá recordes do mundo dentro de água. Cá fora provavelmente teremos um recorde de afluência”, sustentou Pedro Pisco.
O evento reuniu nove equipas de dois atletas, que se revezaram usando jet skis para rebocar surfistas (o chamado tow-in surfing). A primeira ronda terminou à hora de almoço, depois de ter começado mais tarde do que o previsto devido ao nevoeiro. Mas as duas rondas não se chegaram a realizaram devido a um problema de energia na área do Forte de São Miguel Arcanjo, o que por motivos de segurança levou ao cancelamento das baterias, ficando o resultado definido pelas performances até então.
O brasileiro Lucas “Chumbo” Chianca venceu a competição, mesmo após quedas em que teve ser auxiliado pelas equipas de resgate, onde estava Sebastian Steudtner, e receber assistência.
A melhor performance por equipas foi do português Nic von Rupp e do francês Clement Roseyro, revalidando o título conquistado na última edição do campeonato, em fevereiro.
A francesa Justine Dupont ganhou a prova feminina pela segunda vez consecutiva.









