Carlos Gouveia, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha, disse que o donativo reunido “representa muito” para os soldados da paz. “Este apoio é muito importante para nós para termos alguma autonomia financeira. Sem isso não era possível termos bons equipamentos, estarmos permanentemente no socorro à população”, manifestou.
“É uma tradição que fazemos todos os anos e é uma grande resposta da população. Deixam-nos muito orgulhosos. Agradeço a todos, porque sem isso era impossível que os bombeiros sobrevivessem. Os apoios do Estado vêm, mas demoram tempo a vir e nós não podemos estar sempre a fazer socorro com ambulâncias que não dão garantias”, afirmou o responsável.
Segundo apontou, “temos de ter melhores carros para sermos realmente eficazes”.
Nelson Cruz, comandante dos bombeiros, reforçou que o dia em que revela o montante angariado “simboliza também a proximidade da população com os bombeiros, um reconhecimento do trabalho que os bombeiros fazem”.
Sabendo que a verba reunida é apenas uma gota de água nas despesas da associação humanitária, sublinhou, contudo, ser “um contributo muito importante”.
“O número de quilómetros que os nossos veículos fazem hoje, estamos a falar de 800 mil quilómetros por ano, de facto é uma atividade muito grande, são 56 veículos, são 54 funcionários, portanto facilmente se percebe que entre os custos fixos que a instituição tem e os gastos na própria atividade operacional, são coisas muito caras e este apoio da população permite-nos melhorar os equipamentos e reforçar os veículos”, fez notar.
O comando e o corpo de bombeiros também contribuem, entregando uma parte do que seria pago no dispositivo de combate a incêndios rurais. Reuniram 13.747 euros. “Não é muito, mas é uma quantia simbólica e que tem aqui uma expressão importante porque são os próprios bombeiros que estão a contribuir também para melhorar as suas condições”, descreveu Nelson Cruz.
Nuno Aleixo, presidente da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, em representação dos autarcas das freguesias, declarou que “nesta matéria estamos todos de acordo, é para nós um orgulho ajudar os bombeiros” e apelou à população e às empresas: “Continuem a ajudar os bombeiros durante todo o ano porque sempre que precisamos eles estão disponíveis”.
Fernando Costa, presidente da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, disse que “este cortejo é dos poucos que se fazem em Portugal e somos um exemplo”. Elogiou o início da iniciativa, há mais de trinta anos, que arrancou com Henriques Sales, que foi presidente da associação humanitária, e com Vasco de Oliveira, que foi presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo. “Tem dado resultado e valeu a pena”, sustentou, comentando que “temos um corpo de bombeiros dos melhores do país”.
Vitor Marques, presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, elogiou a “generosidade da nossa população”, considerando ser “um reconhecimento para com os bombeiros”.
A freguesia de Alvorninha reuniu 10.350 euros, Landal 4.165 euros, Carvalhal Benfeito 4.600 euros, Salir de Matos 10.205 euros, Santo Onofre e Serra do Bouro 18.500 euros, Vidais 6.048,46 euros, A-dos-Francos 6.200 euros, Foz do Arelho 5.146,52 euros, Nadadouro 6.200 euros, Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório 43.010,25 euros, Santa Catarina 8.375,22 euros e Tornada e Salir do Porto 15.244 euros.
A Câmara Municipal das Caldas da Rainha contribuiu com 26.906,25 euros e o comando e corpo combatente com 13.747,50 euros.
No final da cerimónia de entrega dos cheques houve a atuação da cantora caldense Rebeca, que também habitualmente ajuda os bombeiros, e um lanche-convívio.









