É uma oportunidade para descobrir o universo criativo de José Carlos Barros. A mostra reúne um conjunto de marionetas concebidas pelo artista, revelando rigor, precisão técnica e uma expressividade singular que carateriza o seu trabalho.
As suas marionetas revelam uma mestria particular no uso de materiais: desde criações em metal, zinco, cobre ou latão, escolhidos consoante o grupo social das personagens, até às delicadas marionetas em papel e cola que, embora frágeis, parecem porcelana.
Bombarralense, frequentou o Curso de cerâmica na Escola Comercial e Industrial das Caldas da Rainha, iniciando um percurso artístico que o levaria mais tarde ao Curso Superior de Cenografia em Lisboa.
O seu percurso profissional revela uma dedicação excecional ao teatro. Foi chefe do setor de adereços do Teatro Nacional D. Maria II desde a sua reabertura em 1978 até 1989, e mais tarde foi diretor do Teatro da Trindade. Colaborou com prestigiadas companhias como o teatro Experimental de Cascais, Cornucópia, Novo Grupo de Teatro Companhia Nacional de Bailado, Seiva Trupe, Teatro do Noroeste e Centro Cultural de Évora, entre outras. Foi também professor na Escola Superior de Teatro e Cinema.
Ricardo Fernandes, presidente da Câmara Municipal do Bombarral, presente na inauguração desta mostra, disse ao JORNAL DAS CALDAS que depois da renovação do Museu esta é a segunda exposição, depois da dedicada à cerâmica.
“José Carlos Barros é um bombarralense que há muitos anos que saiu daqui e que foi conquistar o nosso país e o mundo, na área do Teatro de Marionetas. É sempre importante reconhecer o trabalho dos bombarralenses”, manifestou.
O artista confessou que esta exposição “é uma tentativa de interessar o Bombarral pelo Teatro de Marionetas”, revelando que gostava que “alguns jovens pudessem pegar no Teatro de Marionetas e desenvolvessem na terra”.
Todas as marionetas apresentadas fizeram personagens de teatro, como no Auto da Barca do Inferno, no Auto da Índia, entre outras peças que sobretudo fazem parte da cultura portuguesa.
