Esse renascimento foi o que a autora sentiu ter acontecido depois de ter passado por uma doença grave. “Nesta história relato na primeira pessoa a vivência de um cancro e tudo o que essa vivência me ensinou, todas as ferramentas que descobri e como tornei luz esta experiência”, é explicado no livro.
Sara Coito tem 36 anos e é esteticista e cosmetelogista, tendo aberto em 2018 a loja Sara Equilibra, na Rua Alexandre Herculano, dedicada à cosmética biológica e às terapias.
No seu primeiro livro, editado em 2013 com o título “Afinal Também Posso Voar” e escrito logo após a doença, Sara Coito quis salientar o “poder do amor” por sentir que isso era o mais urgente de partilhar. “Sentia isto porque, na altura em que estive doente, procurei muito livros que falassem sobre a doença, mas nenhum deles falava de amor” e apenas davam conselhos de saúde.
Esta segunda obra foi primeiro escrita para si própria, “como livro de memórias e inspirações” e só depois decidiu apresentá-la publicamente. Depois de tudo o que aconteceu durante a doença e o que aprendeu, passou a inspirar-se em si própria.
“O livro foi escrito quase em segredo e fez parte dos meus momentos de meditação. Até para a minha família foi uma surpresa”, contou.
Os textos seriam para a relembrar de tudo o que aprendera e vivera, “sendo quase como um manual”, mas considerou que seria importante poder partilhar essas experiências com os outros. “É importante saber o que podemos aproveitar dos desafios que enfrentamos”, adiantou.
Durante a apresentação da obra houve música, muito diálogo entre os convidados e foram lidos vários excertos do livro, não só pela autora, mas também por pessoas que o leram e quiseram partilhar as partes com que mais se identificaram. “Este livro fez-me refletir como é possível transformar a dor em dom”, referiu uma das leitoras.
Por cada um dos trechos lidos foi acendida uma vela, de forma a representar a importância das pessoas que passam pela vida de cada um.
“É muito bom ter uma sala cheia de amigos”, disse Sara Coito, perante dezenas de pessoas que encheram por completo o auditório da biblioteca caldense. “As pessoas que passam no nosso caminho são muito importantes para a nossa própria luz brilhar mais e ser partilhada de forma mais intensa”, afirmou.
A autora explicou todo o processo de criação e edição, tendo escolhido com quem queria trabalhar, dentro da sua comunidade, até ao produto final. “Quase nem foi preciso sair da minha loja para o fazer e foi tudo feito localmente”, contou. Sara Coito contou com o apoio de Noémia Machado na adaptação dos textos, na paginação e design de Sónia Morgado, tendo depois realizado a impressão na Gracal.









