A IL apresentou uma análise dos custos anuais associados à criação de um corpo de 17 polícias municipais, “demonstrando que parte desse investimento pode ser compensado pela eliminação de despesas atualmente pagas a título extraordinário, nomeadamente gratificados e outras funções de fiscalização”, explicou Carlota Oliveira.
“Acreditamos que a criação de uma Polícia Municipal, devidamente dimensionada e com funções claras, permitirá reforçar a ordem pública e a fiscalização, assegurando simultaneamente uma utilização mais eficiente dos recursos municipais”, defendeu.
Na reunião, foi sublinhado que a habitação continua a ser um dos maiores flagelos nacionais, impactando gravemente também o concelho das Caldas da Rainha.
“Preocupa-nos a existência de um número elevado de edifícios devolutos que não estão a ser reabilitados para habitação. É urgente que seja feito e publicado um inventário com todos os imóveis da Câmara Municipal”, consideram os liberais.
Foram apresentadas propostas de natureza pública e modelos de parceria com privados, com o objetivo de aumentar a oferta habitacional e contribuir para a estabilização dos preços, “promovendo uma cidade mais acessível para jovens, famílias e trabalhadores”.
Os representantes da IL abordaram ainda a situação dos pavilhões do Parque e a concessão à Visabeira, reiterando a necessidade de clarificação, resolução definitiva e valorização deste património municipal.
Foi comunicado aos liberais que até 31 de dezembro a Visabeira terá de decidir se vai avançar com os projetos ou não.
Neste encontro, os dois elementos da IL também criticaram a “inexistência de creches públicas no concelho, uma realidade que penaliza fortemente pais em idade ativa, limitando o acesso ao mercado de trabalho e criando dificuldades sociais significativas”.
A IL defendeu a urgência em avançar com respostas educativas e sociais que sirvam as famílias caldenses.
Por último, foi questionada a execução e monitorização das Grandes Opções do Plano (GOP). “Várias medidas surgem repetidamente ano após ano como projetos, sem que se verifiquem avanços reais. A falta de execução compromete o desenvolvimento da cidade e das freguesias, contribuindo para a sensação de estagnação e desinvestimento”, criticaram.
Segundo Carlota Oliveira, “o presidente da Câmara tomou nota das propostas apresentadas e manifestou disponibilidade para as analisar” e, por isso, espera que estas sugestões sejam efetivamente consideradas e refletidas no Orçamento de 2026 “em benefício de todos os munícipes”.










