Estava aqui a pensar…

 

Todos nós sabemos, ou deveríamos saber, que as nossas ações do passado têm consequências no presente e as nossas ações de hoje irão ter no futuro. E mesmo aqueles que descuram esta ideia, geralmente da “boca para fora” acabam por falar disto quando confrontados com situações que querem justificar sem saber como.

A vida é feita de escolhas, fruto do nosso livre-arbítrio ou seja, a liberdade que todos nós temos de escolher os caminhos que queremos seguir. Pena mesmo é que o livre-arbítrio não seja ensinado, pelo menos na sua utilização para o bem, do próprio e na relação com os outros. Ora não sendo ensinado, ele é fruto da nossa personalidade, da nossa forma de encararmos os outros e o Mundo, da nossa vida em sociedade, dos valores que trazemos e defendemos. Por isso cada um de nós utilizará o seu livre-arbítrio como resultado da sua experiência na vida, naquilo que quer e ambiciona, naquilo que sonha e espera alcançar.

Quando a personalidade da pessoa é fundada em valores como o respeito, solidariedade, empatia, caridade pelos outros, as escolhas que fará na vida, trazem esse “peso” e esse filtro que de alguma forma condiciona essas mesmas escolhas. Se pelo contrário a personalidade é baseada no egoísmo, na disputa, na ambição desmedida, nas paixões, então seu livre-arbítrio irá no sentido de não refletir sobre as escolhas que faz, não olhando a meios, passe por cima de quem passar para atingir seus objetivos, geralmente nefastos numa vida em sociedade.

Mas se soubermos que as nossas ações terão sempre uma repercussão no futuro, isso poderia ser fator de controlo das mesmas no agora. Porque não fazer uma breve reflexão antes de tomar alguma decisão. Questionar que benefícios uma determinada ação irá trazer no futuro. Questionar que implicações poderá ter na minha relação com a família, amigos, sociedade… Questionar a necessidade dessa ação ou se não haverá caminho melhor a seguir. Questionar se é hoje o tempo ideal ou amadurecer mais um tempo.

É verdade que o tempo muitas vezes é ingrato e a correria dos dias faz com que façamos escolhas muitas vezes irrefletidas. Também não estou a dizer que esta reflexão é necessária em tudo. Deveria idealmente. Mas se em grandes decisões pudéssemos usar a balança da nossa consciência, certamente iria ser o garante daquilo que de bom vamos colher no futuro. Embora seja condição que essa balança da consciência penda para o lado dos bons valores e do respeito pelos outros. Caso contrário por muita reflexão que se faça, as ações e escolhas terão sempre uma repercussão negativa.

Hoje, muito provavelmente estamos a viver situações resultantes de escolhas que fizemos ontem e espero que sejam situações felizes, garantia de ações ponderadas e corretas do passado. Se o que estamos a viver hoje, pelo contrário não está a correr bem, que o arrependimento seja a melhor estratégia a seguir e que sirva de aprendizagem para não repetir a escolha errada. É verdade que já não conseguimos mudar as más escolhas do passado, mas conseguimos e devemos aprender com suas consequências de hoje.

E hoje ainda vamos a tempo de fazer boas escolhas, refletir antes de executar uma determinada ação, com a aprendizagem dos erros na bagagem. Porque o amanhã está aí e a certeza que hoje, estamos a desenhar o nosso amanhã. O amanhã que se perde na eternidade do tempo.

Por isso a pergunta que importa é: sabendo que tudo volta, isso te assusta ou te conforta?

Pensei nisto e gostei de partilhar!

 

Miguel Miguel

miggim@sapo.pt

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