O casal proprietário do carro estava a mudar o automóvel do local onde estava estacionado na garagem na cave do prédio onde têm um apartamento, no nº5 da Avenida de Olivença quando começaram as chamas, minutos depois das onze e meia da manhã.
“Viemos cá por acaso porque precisava de mudar a viatura de lugar. Era a única que se encontrava na garagem, que é coletiva. Fizemos duas ou três manobras e era o meu marido que estava dentro da viatura, eu estava do lado de fora, nisto vejo fumaça do capô. Começo a ver chamas por baixo do carro e grito ao meu marido para sair. Nisto saí imediatamente da garagem e chamei o 112”, contou Maria Júlia, proprietária do automóvel.
A mulher também pediu ajuda a Sílvia Batista, funcionária da imobiliária Remax Prata II, no mesmo prédio, que lhe forneceu um extintor, mas já não desceu até à garagem devido ao fumo intenso. O marido conseguiu sair do local e entretanto chegou a PSP, que mandou retirar os carros em frente à garagem, e os bombeiros, que apagaram o fogo. “Foi o pânico, porque eu não vi o meu marido no meio daquele escuro todo e daquele cheiro a ardido. Estou traumatizada, mas há-de passar”, confessou Maria Júlia, que foi acalmada por Sílvia Batista.
A funcionária disse que a mulher entrou na loja “em pânico porque tinha o carro a arder”. “Foi um susto muito grande, tanto para eles, que acabaram por perder um carro, mas também nós aqui à volta, que estávamos assustados com o que é que poderia acontecer”, relatou.
O prédio tem três pisos de habitação e é sobretudo ocupado no verão e por isso o carro destruído era o único que ali se encontrava. Uma mota e uma bicicleta não foram atingidas pela chamas. Os estragos no interior da garagem vão ser apurados mas a estrutura do prédio não foi afetada. Contudo, as canalizações sofreram danos. Maria Júlia revelou que o seguro encarregar-se-á das despesas.
Em relação ao seu veículo, referiu que tinha ido à inspeção e passado sem advertências. O casal vive nas Pedreiras, em Porto de Mós, e quis deixar o veículo na garagem do apartamento na Nazaré para a altura do verão, dado ser um carro descapotável.









