Associação de Dadores de Sangue das Caldas celebrou 49 anos a salvar vidas

20 de Novembro de 2025

A Associação de Dadores Benévolos de Sangue das Caldas da Rainha (ADBSCR) comemorou, no dia 15 de novembro, o seu 49.º aniversário com um almoço no restaurante Paraíso do Coto, que contou com a presença de diversas entidades, incluindo autarcas.

Apesar de o grupo ter surgido em 1975 com o apelo de uma mãe que precisava urgentemente de sangue para a filha, a associação foi formalmente criada um ano depois. “Como grupo organizado respeitamos 1976 como o início oficial e é essa data que celebramos”, referiu José Augusto, presidente da ADBSCR.

A associação tem registado cerca de mil dadores por ano, com alguns recordes, como uma colheita com mais de 300 dadores num só dia nas instalações dos Bombeiros. “Antigamente eram os próprios familiares que arranjavam sangue para os doentes. Hoje, há falta de sangue e é preciso mobilizar os dadores. A população vive mais anos, há mais doenças e mais consumo de sangue”, explicou o responsável.

Grande parte das dádivas provém de dadores habituais, mas a associação tem vindo a apostar na renovação com jovens, em colheitas nas escolas secundárias e na Escola de Sargentos do Exército. “Temos bons resultados, mas dá trabalho. Conseguimos cativar novos dadores e, com a colaboração dos jornais e das rádios, continuamos a alargar o grupo”, afirmou.

“O nosso sangue pode ir para o Minho ou para o Algarve. Trabalhamos para os doentes de todo o país”, esclareceu.

Houve mudanças no perfil dos dadores. Há alguns anos “eram mais homens, hoje são mais mulheres que mostram mais sensibilidade para esta causa”.

Quanto a receios comuns, José Augusto disse que “não é preciso ser 100% saudável. Quem tiver curiosidade, venha conhecer o processo. Tatuagens, piercings ou algumas doenças não impedem de dar sangue”.

A idade mínima é de 17 anos acompanhado ou 18 sozinho, com mais de 50 quilos, e pode-se dar sangue até aos 60 anos, ou até aos 65 para dadores regulares. O próprio presidente dá o exemplo, uma vez que é “dador desde que fui bombeiro, nos anos 70”.

A celebração contou ainda com homenagens a Antonieta Costa Faro, tesoureira e antiga presidente, ligada à ADBSCR desde o início, e Carlos Cravide, fundador, reconhecendo o papel fundamental de ambos na história da instituição.

No evento estiveram ainda Maria Antónia Escoval, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, que destacou a importância a nível nacional da ADBSCR. “A regularidade na dádiva é o mais importante e associações como esta são fundamentais para salvar vidas todos os dias”, salientou.

Maria Antónia Escoval alertou para o aumento da falta de sangue nos hospitais. “Há uma procura maior do que a oferta. Temos menos dadores devido ao envelhecimento da população, ou seja, 24% tem mais de 65 anos e a dádiva é possível apenas dos 18 aos 65 anos”, contou. Segundo esta responsável atualmente existem “necessidades específicas nomeadamente dois grupos sanguíneos de pessoas do grupo zero positivo e zero negativo”. “Pedimos que todos que possam dar sangue destes grupos o façam, porque ele é necessário todos os dias nos hospitais”, manifestou.

Sobre as razões desta situação, a responsável admitiu que “pode haver alterações na distribuição dos grupos sanguíneos na população”. “O zero positivo era o segundo grupo mais frequente, vamos avaliar qual é a distribuição dos grupos sanguíneos na nossa população”, referiu.

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