A abertura oficial terá lugar no dia 29 de novembro, às 10h00, na Rua da Ribeiro, nº 37, na localidade do Peral, assinalando o início de um projeto criado para reconetar as pessoas com a terra, a história e o meio envolvente.
Situado num ponto alto, o parque oferece uma vista deslumbrante sobre vinhas e pomares, tendo a Serra do Montejunto como pano de fundo. “Pera no Peral – Parque Temático e Interpretativo da Pera Rocha” combina preservação ambiental, educação cultural e lazer familiar. Inspirado na emblemática Pera Rocha do Oeste, oferece uma experiência imersiva onde é possível passear, aprender e divertir-se em plena harmonia com a natureza.
Os visitantes poderão descobrir um museu interpretativo com expositores e multimédia que conta a história da terra, da pera (fases de cultivo e as ferramentas utilizadas ao longo dos tempos) e das pessoas da região – cruzando tradição, agricultura e arte. Haverá uma loja com produtos regionais (derivados de pera como doces, licores, compotas, vinhos, pastéis e souvenirs sobre a temática de pera e maça. Além de artigos locais como queijos, pão de ló de Painho e sal das Salinas de Rio Maior), peças artesanais e lembranças únicas ligadas à identidade do Cadaval e do Oeste, um café com esplanada exterior panorâmica, para relaxar e saborear iguarias locais, doze esculturas gigantes de peras espalhadas pelo parque — educativas e divertidas – e moldura gigante com vista para a serra e os pomares para fotografias em família. Trilhos e percursos pedestres entre pomares e miradouros, incluindo o icónico baloiço panorâmico do miradouro Avó Olívia, áreas para brincar, atividades para famílias, visitas guiadas ao pomar para acompanhar de perto o processo agrícola e eventos sazonais que ligam os visitantes à cultura e biodiversidade local, completam a oferta, ao dispor de quarta-feira a domingo, das 10h00 às 19h00.
“Pera no Peral foi concebido como um espaço vivo, onde a natureza, a cultura e a comunidade se encontram”, afirma Rui Batista, fundador do espaço. “É um lugar para explorar, aprender e desfrutar, promovendo o orgulho nas tradições e na beleza natural da nossa região”, acrescenta.
A maioria de nós guarda memórias de infância ligadas à natureza, à família e às tradições. Para Rui Batista uma das mais especiais era acompanhar os avós ao pomar, no Peral. Na época da colheita ele ajudava a colher os frutos. E a sua avó partilhava sempre consigo as peras mais bonitas e saborosas. Eram momentos simples, mas mágicos — memórias de autenticidade, afeto e ligação à terra.
Foi nesse mesmo lugar, décadas mais tarde, que Rui Batista regressou para dar vida a um sonho: criar o “Pera no Peral – Parque Temático e Interpretativo da Pera Rocha”, procurando partilhar com outros a mesma alegria e autenticidade, permitir que famílias criem novas memórias e que visitantes, de todas as idades, descubram a tradição da colheita e o encanto de viver a natureza de forma genuína.
Mais do que um parque bonito, ‘Pera no Peral’ pretende ser “um motor de desenvolvimento regional e sustentabilidade, reforçando o ecoturismo e agroturismo, apoiando produtores e artesãos locais, e contribuindo para diversificar a economia do Cadaval, promovendo simultaneamente a educação ambiental e a valorização do património cultural”. Está aberto a parcerias estratégicas com empresas e produtores que desejem associar os seus produtos ao parque, bem como com operadores turísticos interessados em incluir esta experiência nos seus pacotes.
“Pera no Peral” nasceu com um propósito claro: unir o entretenimento à aprendizagem. Ali, cada visitante será convidado a descobrir o valor do trabalho agrícola e, em particular, a riqueza do cultivo da pera rocha, o maior símbolo da fruticultura portuguesa.
A história deste fruto remonta a 1836, quando Pedro António Rocha descobriu por acaso, na sua propriedade em Sintra, uma pereira diferente. Reconhecida como espécie única, espalhou-se pela região Oeste e tornou-se num verdadeiro ícone nacional. Hoje, mais de 95% da produção nacional concentra-se aqui e a freguesia de Peral é o centro mais importante.
É neste cenário que o parque ganha vida: um espaço onde o passado e o presente se encontram, dando a conhecer a singularidade da pera rocha e a importância da agricultura para a identidade cultural.










