O concurso que ganhou contou com 48 intérpretes até 35 anos, oriundos da Europa, Estados Unidos e América Latina. Os oito finalistas eram de Espanha, Noruega, Chile, Polónia, Colômbia, Cuba e Portugal.
A final aconteceu a 25 de outubro, Dia Mundial da Ópera, onde a caldense, nascida em 1990, para além de vencer o galardão e o Prémio Especial do Público, recebeu três mil euros e a oportunidade de participar em dois recitais.
Rita Marques é um dos nomes mais promissores da ópera portuguesa na cena internacional, destacando-se em papéis de enorme exigência técnica e expressiva, sendo conhecida pela sua voz poderosa e versátil. A sua trajetória é marcada por uma sólida formação, distinções de prestígio e uma crescente lista de papéis principais nos grandes teatros.
Iniciou o seu percurso académico com a licenciatura em Canto na Escola Superior de Música de Lisboa (2010-2013). O seu salto para o panorama internacional deu-se a partir de setembro de 2016, quando foi selecionada para o Centre de Perfeccionament Plácido Domingo, em Valência, Espanha.
Neste centro aprimorou a sua arte. O seu aperfeiçoamento incluiu ainda diversos workshops. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian/ENOA (European Network of Opera Academies)
Em maio de 2017, a soprano atuou na MEO Arena, em Lisboa, no concerto do tenor Plácido Domingo.
O talento da soprano caldense tem sido consistentemente reconhecido em concursos internacionais. Em 2021, foi laureada no 1.º Concorso Internazionale per voci liriche “Vincenzo Bellini”, em Itália. Este ano ganhou o 1.º Prémio no Concurso Internacional de Canto Lírico Alcalá de Henares, em Espanha.
Em Portugal, destacam-se o 1.º Prémio no Concurso José Augusto Alegria, em Évora, o 2.º Prémio e o Prémio do Público no 10.º Concurso de Canto da Fundação Rotária Portuguesa, além de ter sido uma das 40 finalistas do Operalia – The World’s Opera Competition, realizado em Lisboa. Caldas da Rainha reconheceu o seu mérito com a atribuição da Medalha Municipal de Mérito Cultural.
O repertório de Rita Marques abrange grandes papéis do bel canto e da ópera em geral, tendo atuado em importantes salas internacionais como o Palau de Les Arts Reina Sofía (Valência), o Palau de La Música de Valência e a Royal Opera House of Muscat (Omã). Em Portugal, é uma presença regular no Teatro Nacional de São Carlos, Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural de Belém e nos Coliseus de Lisboa e do Porto. Em 2024, lançou o seu primeiro álbum, intitulado “Belcanto”.
Agora apresenta-se como solista no concerto “Petite Messe Solennelle”, que será apresentado em Lisboa e nas Caldas da Rainha.
Composta em 1863, a “Petite Messe Solennelle” é uma das obras tardias por Gioachino Rossini. Rita Marques assume a função de soprano, sendo acompanhada pela meio-soprano Natália de Carvalho Brito, pelo tenor Marco Alves dos Santos, por Carlos Pedro Santos no baixo, Nuno Margarido Lopes no harmonium e João Paulo Santos no piano.
Os preços dos ingressos variam entre dez e quinze euros.









