“Segredos à solta no Cais dos Amantes” acontece nos “tempos quentes” na redação de um jornal, “onde os dias se embrulham com as noites e onde abundam novas sobre golpes e contragolpes; são os ex-oficiais milicianos e os do quadro” e as histórias no Palace Hotel Cais dos Amores, em São Martinho.
“Uma pintora, um coronel e uma professora gostavam de gastar o tempo a adivinhar as alegrias, as tensões ou as contradições de quem entrava e saía, de quem saía e entrava e, ainda, dos que voltavam a entrar e voltavam a sair. Apesar de construído depois da revolução, o Palace Hotel, batido pelos ventos e sóis de São Martinho do Porto, já contava, no entanto, com um razoável ‘acervo» de histórias de amores e desamores, de encontros e desencontros e até de narrativas «requentadas’ da Guerra Colonial”, conta a sinopse.
Autor dos romances “Perdidos num Verão Quente” (2012), “Amor, ioga e net ou a crónica do Senhor Alferes” (2018) e “Por entre os trilhos da memória” (2021), ambos com passagens pela região Oeste, Faria Artur foi grande-repórter e editor no Diário de Notícias.
Com casa em Tornada, onde passa férias e fins-de-semana, o escritor avançou para este terceiro livro com São Martinho do Porto como pano de fundo e a miséria que se vivia antes do 25 de Abril.
“Já distantes, mas ainda bem vivos na memória, estão os dias de gente obrigada a comer dobrada liofilizada, conservas, cavala com arroz ou arroz com cavala”, descreve o autor.









