Um dos casos é de uma firma de peças para automóveis nas Caldas da Rainha. A gerente, Elisabete Rebelo, alega que foi burlada quando estava a ser atendida ao telefone por um funcionário do banco.
Diz que tentou aceder à sua conta bancária através do computador para pagar uma fatura. Não conseguiu entrar e ligou para a gestora de conta na agência das Caldas da Rainha, que a reencaminhou para a sede, em Lisboa.
Conseguiu aceder à conta, mas quando foi efetuar um pagamento, o saldo estava apenas com 24 euros, quanto tinha mais de 85 mil.
Nessa altura foram feitas duas transferências de 85 mil euros que diz não ter autorizado.
Elisabete Rebelo pediu para cancelar essas transações, para duas contas noutro banco, o que foi recusado. Foi-lhe até solicitado que se deslocasse à agência das Caldas da Rainha, onde, segundo alega, a gestora de conta lhe pediu para assinar um papel onde assumia que tinha sido a empresária a ligar para a linha do banco para um número começado em 808.
Pediu à sua operadora telefónica um extrato das chamadas para servir de prova, uma vez que o banco não assume responsabilidades. Apresentou queixa na PSP e ao Banco de Portugal.
O gabinete de tratamento de reclamações do Eurobic/grupo ABANCA argumenta que “os movimentos foram realizados com recurso às credenciais de acesso ao serviço que são apenas do conhecimento da representante da empresa”.
“Não tendo origem em qualquer entrada ilegal no sistema do banco ou em ausência de níveis de segurança, o banco não é responsável pelos movimentos”, considera.
Os manifestantes em Lisboa afirmaram que, em junho, as suas contas foram esvaziadas através de operações bancárias que garantem não ter autorizado. O caso está sob investigação do Ministério Público.
Foi anunciado que nova manifestação ocorrerá em breve nas Caldas da Rainha.









