Na sua opinião, a sua equipa iria conseguir fazer muito melhor, mas foi assim que os caldenses escolheram.
Apesar de irem ter o mesmo número de lugares na vereação do que o Vamos Mudar, tal como no mandato que agora terminou, Hugo Oliveira garante que não vão levantar nenhum obstáculo ao novo executivo. “Não houve uma única vez em que, enquanto vereador, obstaculizasse o trabalho da Câmara”, afirmou.
No entanto, há matérias que terão de passar pela Assembleia Municipal, onde ganharam as eleições, em que a coligação irá querer ter uma palavra a dizer.
Em causa estarão questões como a cobrança da taxa de saneamento a quem tem fossas sépticas.
Hugo Oliveira está também preocupado com a reação do presidente da Câmara, Vitor Marques, em relação às declarações de Luís Montenegro sobre a localização do novo hospital do Oeste.
“Andámos estes anos todos a pedir um novo estudo e assim haver a possibilidade de o hospital ser construído nas Caldas, mas ele vem dizer que está contra”, comentou.
“Isto é uma desorientação total de alguém que coloca acima dos interesses das Caldas os interesses do PS, porque foi o PS que se coligou com eles. Isso prejudica claramente Caldas da Rainha na questão do hospital”, disse.
Antes das declarações aos jornalistas, Hugo Oliveira fez uma curta declaração aos seus apoiantes, logo que soube que tinha perdido as eleições por 140 votos, onde deu os parabéns a Vitor Marques pela sua eleição.
No entanto, acabou por não ligar-lhe a felicitar depois de terem sido recebidos vídeos em que foram abertas urnas, entendendo que seria melhor esperar até ao apuramento final.
O candidato agradeceu a todos os envolvidos na sua campanha pelo empenho. Hugo Oliveira considera que ficou claro que existe uma divisão sobre a visão de futuro para as Caldas, mas que os caldenses quiseram dar “a segunda hipótese ao Vitor Marques e ao seu parceiro de coligação, Partido Socialista”.
Embora aceite o resultado, disse ficar “triste pelas Caldas” e garantiu que vai fiscalizar o trabalho de quem ganhou a Câmara.
Em relação aos resultados nas juntas de freguesia, comentou que perderam a presidência de uma (Carvalhal Benfeito) mas ganharam outra (Foz do Arelho).
Quanto à Assembleia Municipal, Fernando Costa disse estar a ponderar a possibilidade de ficar apenas como deputado e a coligação apresentar outra proposta para a presidência deste órgão.
“Eu empenhei-me nisto por causa das Caldas e, em primeiro lugar, por causa do hospital. Eu quero poder intervir na Assembleia, de uma forma construtiva para que trabalhem melhor na Câmara”, disse, admitindo que há doze anos que a autarquia “não tem andado bem”, ou seja, desde que saiu da presidência.
Fernando Costa continua a defender a possibilidade de serem construídos dois hospitais na região Oeste, em vez de ser apenas um de maior dimensão.










