Somos as “Aventureiras da Leitura” da associação Olha-Te e queremos relembrar as vidas das mulheres da Dinastia de Avis. No âmbito das celebrações do V Centenário da morte de D. Leonor, celebramos a vida de sua sobrinha neta, D. Catarina de Bragança, a última da linhagem de Avis com a qual encerramos esta nossa primeira série de trabalhos históricos de pesquisa que tanto nos entusiasmou e ensinou.

 

  1. Catarina, filha de D Duarte, duque de Bragança e da infanta D. Isabel de Bragança, era neta de D Manuel I. A sua vida é marcada por uma série de acontecimentos e lutas pelo poder que termina com a perda do trono para terras de Espanha, situação que foi tantas vezes tentada mas sempre com resposta à altura dos nossos reis e nobres.

Casa-se em 1563, com o seu primo D. João, Duque de Bragança e tem 10 filhos, todos eles com linhagem real para poderem vir um dia mais tarde ser os futuros reis de Portugal.

Após a morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir dá-se uma grande crise de independência, pois havia a impossibilidade de o cardeal-rei D. Henrique gerar herdeiros. D. Catarina, por sua vez, tornou-se numa das candidatas ao trono de Portugal, em virtude de ser neta por varonia do rei D. Manuel I.

O Duque de Bragança acompanhou os governadores do reino a Lisboa e Setúbal, diligenciando para que fossem reconhecidos os direitos de sua mulher à coroa portuguesa, D. Catarina lutou ainda mais. Instruiu embaixadores que enviou aos reinos de França, Inglaterra e Itália, por serem aliados de Portugal, numa tentativa de resgate da coroa para si, ou para o seu filho D. Teodósio, mas isso não acontece.

Aos 43 anos fica viúva e Filipe II vê uma oportunidade de unir Portugal e Espanha, propondo-lhe casamento. D. Catarina não estava interessada nessa união e o trono português acaba por se perder por força militar para Filipe II, com a invasão de Portugal.

Catarina não pôde reinar Portugal mas dedicou a sua vida ao enriquecimento da Casa de Bragança, reforçando o poder nesta próxima linhagem. Era uma mulher muito instruída nas línguas latina e grega, e nas ciências de Astronomia e Matemática. Escreveu diversos manifestos em que defendia o direito que tinha à coroa de Portugal, que ficaram em manuscrito.

Segue a mesma linha de pensamento que D. Leonor, sua tia-avó, que tinha de lutar para não perder a soberania e manter a linhagem na Dinastia de Avis. Tendo existido tantas regentes, porque não foi dada a oportunidade a Catarina de reger enquanto o seu filho D. Teodósio era infante?

No entanto, com base na legitimidade das pretensões da infanta D. Catarina, o seu neto D. João, Duque de Bragança, tornou-se Rei de Portugal e em 1640 sobe ao trono como D. João IV. Infelizmente D. Catarina já não assiste à restauração da monarquia portuguesa.

Catarina morre aos 74 anos e é sepultada no Panteão dos Braganças, em São Vicente de Fora, Lisboa.

Não existem provas concretas da relação entre D. Leonor e D. Catarina, pois viveram já é em épocas diferentes, no entanto, a força, capacidade e exemplo da nossa rainha ficam bem presentes pelas atitudes que as suas descendentes tomaram. No nosso entender, D. Catarina foi também uma das realezas a utilizar os tão famosos banhos das águas quentes de Caldas. Todos os nossos monarcas e nobreza viam nas termas a capacidade de melhorar várias maleitas.

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