O candidato da AD, que perdeu a eleição para a Câmara por 140 votos de diferença de Vitor Marques, disse que “violaram os selos das urnas para calcarem supostamente os votos”, de modo a caberem os boletins, só que “colocaram as urnas no chão e andaram a mexer nos votos”.
Segundo Hugo Oliveira, “as pessoas que estavam nas mesas como delegados testemunharam”, havendo ainda outras testemunhas. Interrogado sobre o que constataram, relatou que “não sabem o que fizeram”.
Afirmando possuir vídeos, fotos e relatos, para além do pedido de impugnação enviado à Comissão Nacional de Eleições (CNE), a AD fez queixa na PSP e apresentou protesto sobre o que terá acontecido nas mesas 2, 5 e 11.
“Um acontecimento destes parece ter uma gravidade grande. Estamos a falar de 140 votos e fica sempre no ar uma imagem estranha e de dúvida”, comentou Hugo Oliveira, que apesar desta “questão administrativa que mancha a vitória [da lista adversária]” declarou “assumir a derrota”. À espera de uma posição da CNE, explicou que por essa razão não deu os parabéns aos vencedores. Se a derrota da AD for confirmada, assegurou que na oposição não irá obstaculizar a gestão camarária.
Vitor Marques rejeitou terem existido irregularidades, apontando que o que aconteceu com as urnas está lavrado em ata e houve uma conduta legal com pessoas de vários partidos presentes. Lamentou assim o que considerou ser “mau perder e sem dignidade”.
O Vamos Mudar ficou com três eleitos na Câmara, o mesmo número que a AD. O Chega passará a ter um vereador.
Na Assembleia Municipal, a AD elegeu diretamente nove elementos, tantos quantos o Vamos Mudar. O Chega terá três representantes. Contudo, a AD terá neste caso maioria absoluta, dado o maior número de presidentes de junta que elegeu e que preenchem os lugares na Assembleia.
A AD conquistou oito das doze freguesias, a que se soma mais uma para o PSD sem a coligação com o CDS-PP, enquanto o Vamos Mudar ganhou três, com o apoio do PS.









