“Veio acompanhar-nos num dos pontos que nós consideramos fulcral agir nas Caldas, que é o caso do flagelo da habitação que existe. Tendo este imóvel planos há muitos anos, desde 2021 que é promessa e nada é feito, achámos por bem dar voz a este problema”, disse Carlota Oliveira ao JORNAL DAS CALDAS.
Segundo descreveu, “o Lar das Enfermeiras passou para a esfera da Câmara Municipal em 2021, ainda no mandato do dr. Tinta Ferreira, e a Câmara adquiriu os outros dois edifícios ao lado, a posteriori, e ficou a promessa de se fazer aqui habitação acessível jovem”.
Na presidência do Vamos Mudar “não há um concurso, não se candidataram a nenhum dos programas a que se podiam ter candidatado e são oportunidades que estamos a deixar fugir”.
Suspeitando existirem mais casos, a candidata avança com a proposta de “fazermos um inventário de tudo o que se passa a nível imobiliário, sejam terrenos, casas devolutas e casas habitáveis que precisem de requalificação”.
“Aquilo que temos aqui também é outro exemplo paradigmático do problema da habitação que temos, que são edifícios devolutos. Já inúmeras vezes perguntámos ao Governo, sucessivos Governos já inclusivamente, quantos imóveis devolutos é que o Estado tem, onde é que estão localizados e não nos conseguem dizer, sabemos que eles existem um pouco por todo o país, sabemos que o maior proprietário português é o Estado e a verdade é que este exemplo que temos aqui é só mais um, em que este edifício era do Estado Central, entretanto há quatro anos que se passou o imóvel para a autarquia e que se quis desenvolver um projeto para construir aqui habitação acessível e o imóvel está exatamente na mesma, sem qualquer perspetiva de quando é que vai avançar”, manifestou Mariana Leitão.
“Não estamos aqui a exigir nada de extraordinário, estamos a exigir que a autarquia cumpra com aquilo que prometeu que iria fazer”, vincou.
A dirigente elencou como soluções para a falta de habitação “criar condições para que haja mais oferta, acelerar os licenciamentos, baixar o IVA da construção para os 6% para todas as casas, e garantir a desburocratização, para promover confiança no mercado, para que mais investidores também queiram construir”.
“Não há dúvida nenhuma que construir mais casas é a grande solução para o problema. É óbvio que quando há menos construção os preços tendem a aumentar. É fundamental garantir também incentivos para que os senhorios queiram pôr as suas casas no mercado, e não podemos continuar a assistir a situações destas em que estão imóveis devolutos, completamente fechados, sem ninguém lá a viver, onde podia de facto viver gente”, comentou Mariana Leitão.









