Escola de Turismo do Oeste dá aula Inaugural dedicada ao turismo sustentável

9 de Outubro de 2025

No dia 30 de setembro, a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO), nas Caldas da Rainha, realizou a habitual Aula Inaugural do ano letivo, este ano subordinada ao tema do Dia Mundial do Turismo: “Turismo e Transformação Sustentável”. O auditório encheu-se com alunos novos e antigos, bem como diversos convidados que aceitaram o convite para dirigir palavras de incentivo e refletir sobre o papel das instituições e empresas que representam no futuro do setor.

O diretor da EHTO, Daniel Pinto, deu as boas-vindas a todos, sublinhando a importância do turismo para a economia nacional e lembrando o crescimento registado nos últimos anos. Citando dados do Instituto Nacional de Estatística, destacou que em junho o setor do alojamento turístico em Portugal registou 751,8 milhões de euros de proveitos, um aumento de 7,6% face ao mesmo mês de 2024, sustentado por 3,1 milhões de hóspedes (+2,5%) e 8,1 milhões de dormidas (+3,1%).

“O turismo é essencial para a economia do país, mas precisa de uma transformação sustentável”, afirmou Daniel Pinto, realçando que a EHTO, que em 2026 assinala 20 anos de existência, tem acompanhado as necessidades das empresas. “Hoje, quando falamos com hotéis e restaurantes, perguntam-nos se os alunos têm formação em práticas sustentáveis. Por isso, as nossas aulas integram estas matérias, desde a gestão de resíduos ao combate ao desperdício. Os alunos são o presente e o futuro de Portugal”, disse.

Daniel Pinto referiu ainda que os restaurantes podem ser galardoados com a Estrela Verde, uma distinção atribuída aos estabelecimentos que se destacam pelas suas práticas sustentáveis na gastronomia.

 

Repensar o modelo turístico

 

A sessão contou também com a intervenção da vereadora do Município das Caldas, Conceição Henriques, que destacou a importância de repensar o modelo turístico. Para a autarca, é fundamental encontrar um equilíbrio entre turistas e habitantes locais, garantindo qualidade em detrimento da quantidade.

“Mais vale fazer uma viagem memorável e inesquecível, ainda que mais cara, do que várias apenas para dizer que se viajou. O turismo tem de ser melhor e mais caro para não massificar. É preciso viajar menos, mas com mais qualidade”, afirmou.

Conceição Henriques sublinhou ainda que a região tem condições únicas para se afirmar como destino sustentável, graças ao termalismo, cultura, natureza e uma costa atlântica atrativa para quem procura clima mais fresco e longe da massificação.

Pedro Ferreira, da Comunidade Intermunicipal do Oeste, sublinhou o trabalho desenvolvido em prol de um “futuro verde” para a região. Referiu as futuras alterações que levarão a instituição a integrar o território IIBT OVT (Intervenção Integrada de Base Territorial da Região Oeste e Vale do Tejo) e destacou ainda a Agenda 2030, constituída pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Elisabete Félix, do Turismo de Portugal, apresentou aos alunos o programa “Empresas Turismo 360”. Trata-se de uma medida que visa levar todas as empresas turísticas a reportarem o seu desempenho ESG, através da elaboração anual de um relatório de sustentabilidade.

Apelou ainda aos estudantes para que aproveitem a formação que recebem na área da sustentabilidade, de forma a, quando estiverem inseridos no mercado de trabalho, puderem impulsionar a transformação sustentável do setor do turismo.

Christina Pereira, da Agência de Viagens Luís Todi, Paulo Brehm, da Travelife, Fátima Vieira, da ABAAE – Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação, e Rita Leão, da Real Abadia Congress & Spa Hotel, partilharam exemplos concretos das práticas sustentáveis que têm vindo a ser implementadas nas suas empresas e instituições.

As intervenções permitiram mostrar aos alunos que a “sustentabilidade no turismo não é apenas uma teoria debatida em sala de aula, mas sim uma realidade cada vez mais presente no mercado, traduzida em ações concretas como a gestão eficiente de recursos, a redução de desperdício, a educação ambiental e a valorização do património natural e cultural”.

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