Festival das Adiafas dos Vidais animou comunidade e reforçou laços rurais

8 de Outubro de 2025

No passado fim-de-semana, a freguesia de Vidais acolheu mais uma edição do Festival das Adiafas, um evento que juntou tradição, agricultura, música e inovação, com destaque para o convívio e o envolvimento da comunidade local, que recebeu todos os que visitaram o certame.

Esta foi a quarta edição do evento, que tem vindo a crescer desde o seu início, com um grande salto na aposta da Junta de Freguesia dos Vidais, aumentando o investimento nos espetáculos e nas infraestruturas.

“Não somos profissionais na área dos eventos, mas dedicámo-nos totalmente na montagem do recinto”, referiu Rui Henriques, presidente da Junta de Freguesia dos Vidais, que, tal como outros membros da organização, até tirou férias durante esta altura.

Perante a resposta positiva do público no ano passado, a Junta de Freguesia decidiu ser ainda mais arrojada e aumentar a área disponível, possibilitando a presença de mais stands dedicados à agricultura.

Houve também um espaço dedicado aos produtores locais, onde estes puderam expor a sua fruta (maçã, pera rocha e castanhas) e também flores ornamentais. “A fruta da nossa freguesia é exportada para todo o mundo”, destacou Rui Henriques, orgulhoso por poder apresentar naquele espaço 18 produtores locais, todos devidamente identificados.

Cerca de 70% da economia da freguesia é dedicada à agricultura. “Temos um micro-clima fabuloso, misturado com um solo fértil, que dá caraterísticas maravilhosas à nossa fruta”, adiantou ainda o presidente da Junta.

O festival apostou numa fusão entre o mundo rural tradicional e as tendências da agricultura moderna.

Durante o certame decorreu o Agro Summit’25, um ciclo de conferências com especialistas que debateram temáticas como agricultura 4.0, telemetria, drones e sustentabilidade.

Rui Henriques, que também é agricultor, salientou a forma como foram abordados temas importantes como o combate ao fogo bacteriano e à estenfiliose. Estas doenças da fruta têm sido causadoras de grandes prejuízos e durante as conferências salientou-se a necessidade de se fazer também um tratamento de prevenção.

O autarca lamentou que seja cada vez mais difícil para os mais novos começarem a sua atividade na agricultura e sublinhou que são as grandes superfícies quem fica com a maior parte do lucro, quando são os produtores quem mais investe e arrisca.

“A grande parte da fruta vai para as centrais fruteiras que vendem às grandes superfícies, as quais tentam comprar o mais barato possível e depois vendem ao preço que quiserem”, explicou Rui Henriques.

O quilo de fruta pode ser vendido pelo agricultor a 60 cêntimos e depois estar à venda num grande superfície a dois euros e meio, por exemplo.

Por outro lado, são os agricultores que têm fazer todo o investimento para garantir que a sua fruta seja certificada e de acordo com as regras da União Europeia, ao contrário do que acontece com a que é importada de outros continentes.

 

Espetáculos com casa cheia

 

No domingo, os tratoristas tiveram lugar de destaque com o tradicional Passeio de Tratores, que arrancou de manhã, e uma prova de tractor pulling à tarde, despertando o entusiasmo dos entusiastas da mecânica e da força agrícola.

Na noite de 3 de outubro, os Hybrid Theory, uma banda portuguesa de tributo aos Linkin Park, fez encher o recinto com milhares de jovens. A banda tinha chegado recentemente de uma digressão na América Latina e em novembro parte em tournée para a Austrália.

No sábado à noite foi a vez do comediante Herman José, que dias antes tinha sido homenageado pela sua carreira nos Globos de Ouro da SIC, subir ao palco dos Vidais. O artista, que cantou e apresentou vários sketches humorísticos, mostrou a sua surpresa por encontrar um evento de grande dimensão numa aldeia e elogiou a união dos seus moradores em conseguirem concretizar este festival.

“Quisemos sempre ter uma noite dedicado aos mais novos e outra para um público com mais idade”, explicou o presidente da Junta.

O espaço dos comes e bebes foi explorado por nove associações da freguesia, que assim puderam também recolher receitas para as suas atividades. “Tivemos quem nos oferecesse 1.500 euros para vir para aqui, mas nós só aceitámos a participação das associações nas tasquinhas e assim ajudá-las a terem receitas. Esta é uma forma da Junta ajudar as associações”, explicou Rui Henriques.

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