Eram cerca das 22h30 quando o meliante abordou a vítima e encostou-lhe uma faca ao corpo para lhe retirar das mãos um telemóvel, colocando-se em fuga.
A esquadra da PSP foi alertada através de contacto telefónico e rapidamente foi montado um dispositivo policial no terreno que permitiu, volvidos alguns minutos, realizar a interceção do autor do assalto, estando este ainda na posse da arma utilizada e do equipamento retirado à vítima.
A PSP descreve que o indivíduo tem no cadastro “a prática de diversos crimes violentos e graves, incluindo roubos a pessoas, situações essas que geraram enorme temor social e sentimento de insegurança, nomeadamente nos períodos da noite e na comunidade mais jovem”.
Está ainda “fortemente indiciado em situações ilícitas de ofensa à integridade física, perseguição, ameaças de morte (agravadas) e violência doméstica”.
Em agosto, durante a Feira dos Frutos, no Parque D. Carlos I, tinha sido detido pela PSP em flagrante delito pela prática do crime de resistência e coação sobre funcionário, uma vez que ameaçou de morte e injuriou vários agentes policiais no exercício das suas funções.
Nessa ocasião, uma equipa em policiamento ao evento foi abordada por uma profissional de segurança privada que acusou o jovem de estar a adotar comportamentos inadequados e a colocar em risco um quadro elétrico de apoio à iniciativa, não se destinando ao uso público e em área de acesso condicionado, para além de a ter ofendido e injuriado.
“Aquando da abordagem policial, reagiu de forma violenta e efusiva, gritando em voz alta diversos impropérios e apelidando os polícias de racistas”, relatou a PSP.
Ameaçando ter uma arma, foi manietado pelos agentes para ser levado para a esquadra, mas no Largo Rainha Dona Leonor a um dos polícias “proferiu de viva voz, e gesticulando, diversas ameaças de morte”.
Acabou por oferecer resistência física e já nas instalações policiais “manteve a sua conduta desafiadora e, completamente alterado, continuou a injuriar e a ameaçar de morte os polícias, conseguindo ainda concretizar agressões, inclusivamente atentando contra a sua própria integridade física ao lançar-se de cabeça contra as paredes”. Perante este cenário foi solicitado reforço policial e o jovem recolheu aos quartos de detenção, mantendo-se detido até apresentação à autoridade judiciária.
Saíria em liberdade a aguardar o decorrer do processo, mas isso não travou a escalada de delinquência, como se comprovou com a última detenção.
Desta vez, presente pelo Ministério Público no dia 30 a primeiro interrogatório judicial perante um juiz de instrução criminal, no Tribunal de Leiria, foi-lhe determinada a prisão preventiva, fundamentando-se no “perigo de continuação da atividade criminosa, de fuga e de perturbação da tranquilidade pública”.
De acordo com o Ministério Público, está “fortemente indiciado pela prática de dois crimes de roubo tentado, dois crimes de roubo consumado e um crime de violência após subtração”.
Os crimes ocorreram entre agosto de 2024 e setembro deste ano, em locais públicos das Caldas da Rainha, envolvendo abordagens a vítimas com recurso a faca ou outros objetos, e a subtração de telemóveis, carteiras e cartões bancários, utilizando ainda violência física.
Foi conduzido a um estabelecimento prisional, onde permanecerá a aguardar julgamento.
O inquérito prossegue sob a direção do Ministério Público do Departamente de Investigação e Ação Penal de Caldas da Rainha.










