As condições atmosféricas adversas obrigaram, no entanto, ao encerramento antecipado de algumas atividades, encurtando a programação prevista.
Segundo Joana Oliveira, responsável pela organização do Eco-Festival, a equipa de voluntários procurou criar um programa “multigeracional”, que oferecesse espaços diferenciados para todas as idades. Houve atividades no espaço Eco-Kid, dedicado às crianças, showcookings de cozinha vegana e sem desperdício, workshops de reaproveitamento de materiais e tertúlias sobre estilos de vida sustentáveis.
Uma das novidades foi a mesa-redonda com jovens representantes de oito partidos políticos, dedicada às políticas de sustentabilidade. “Foi extremamente interessante e construtivo, nunca tínhamos trazido este debate à luz do dia”, destacou Joana Oliveira.
O eco-mercado, que foi catalisador do Eco-Festival, nasceu há 13 edições para apoiar artesãos locais com práticas sustentáveis e continua a ser um dos pontos fortes do evento. Com inscrições de valor simbólico, pretende dar palco a pequenos produtores e criar oportunidades de venda justas. “Queríamos dar oportunidade às pessoas que desenvolvem uma manufatura pequena, à escala humana, mas que não conseguem ter acesso a outros mercados”, explicou a organizadora.
A ligação à comunidade foi também evidente no envolvimento de restaurantes caldenses, que prepararam pratos vegan para a copa destinada a voluntários e equipas de organização. “É uma forma de agradecer e dar palco a quem apoia o festival”, acrescentou.
A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia voltaram a associar-se à iniciativa, que se assume como resposta local aos objetivos de desenvolvimento sustentável.
A organização não esconde o desejo de expandir: “Gostávamos muito de conseguir fazer um evento de dois dias, porque o programa é sempre curto e há demasiadas atividades a acontecer em simultâneo”, revelou Joana Oliveira.










