Julgamento de caso de cocaína em caixas de banana apreendida em Tornada

27 de Setembro de 2025

Três dos seis arguidos que começaram a ser julgados no Tribunal Judicial de Leiria, num processo referente à apreensão de cocaína dissimulada em caixas de banana num armazém em Tornada, nas Caldas da Rainha, negaram o seu envolvimento nos alegados crimes de tráfico de droga, noticiou a agência Lusa.

 

Em declarações ao coletivo de juízes, os três arguidos garantiram desconhecer que existia cocaína dentro das paletes que continham bananas.

Seis homens estão acusados de crimes de associação criminosa e tráfico de droga agravado, num processo em que foram apreendidos 301 quilogramas de cocaína, em 300 embalagens, suficientes para 1,24 milhões de doses individuais e avaliados em mais de nove milhões de euros.

Os arguidos, com idades entre os 31 e os 53 anos, estão em prisão preventiva, sendo que a um deles está imputado ainda o crime de detenção de arma e munições proibidas.

Um dos acusados adiantou ter sido “apenas o mediador na compra de um camião”. “Não sei porque estou aqui. Não tenho nada a ver com isto. Apenas fui contactado para fazer a venda de um camião, mas não sabia para o que seria utilizado”, disse o homem, cuja profissão está ligada à venda de automóveis.

O arguido admitiu ter recebido 1.500 euros de comissão e disse ter convidado outro dos arguidos a ser o motorista do camião, para que pudesse ir buscar “seis paletes de bananas” ao Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), em Loures, e transportá-las para o armazém de Tornada.

Esse arguido declarou que foi “fazer de motorista para transportar as bananas” e recebeu 500 euros pelo serviço. “A minha função era fazer o transporte das bananas. Nunca vi cocaína, só no dia em que a Polícia Judiciária trouxe uma mala”, explicou.

Um outro arguido afirmou trabalhar no armazém onde terá sido efetuado o transbordo das paletes. Afirmou que desconhecia que no contentor estivessem paletes de bananas com cocaína. “Carreguei no primeiro dia, porque não estava o meu colega que fazia esse trabalho. No segundo dia não fui eu. Foi o meu chefe que deu a ordem para fazer esse trabalho”, contou.

Segundo o despacho de acusação, “desde pelo menos o início de junho de 2023” um grupo de pessoas, cuja identidade não foi apurada, decidiu dedicar-se à “aquisição e introdução de cocaína em Portugal”, para onde seria transportada em contentores via marítima, proveniente da Costa Rica, e depois, por via terrestre, para outros países europeus. Àquele grupo aderiram os seis arguidos em julgamento.

A droga, que era “acondicionada e misturada em paletes contendo caixas de bananas”, entrava em Portugal pelo Porto de Setúbal, passava por um armazém no MARL e posteriormente Tornada, tendo como destino uma sociedade na Bélgica, criada por um dos arguidos usando outra identidade.

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