A visita serviu para acompanhar o progresso dos CTE de Informática e Industrial, projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que prometem transformar o ensino profissional e aproximar os alunos do mundo empresarial.
No âmbito do PRR são disponibilizados cerca de 500 milhões de euros, que vão permitir reequipar cerca de 400 escolas profissionais. “Já temos 68 projetos concluídos e dezenas estarão prontos nas próximas semanas”, afirmou o ministro, explicando que a sua presença visa identificar eventuais dificuldades e garantir que Portugal cumpre os compromissos assumidos com a Comissão Europeia.
Fernando Alexandre, que falou à imprensa antes de participar numa reunião com cerca de 40 agrupamentos escolares, maioritariamente do sul do país, para analisar o andamento dos projetos, destacou ainda a relevância do investimento para o ensino profissional. “Já realizámos uma reunião em São João da Madeira, com cerca de 40 agrupamentos, e hoje estamos aqui nas Caldas da Rainha para dar continuidade a esse trabalho de avaliação”, sublinhou o ministro.
O governante destacou ainda a relevância do investimento para o ensino profissional. “Isto é uma verdadeira reforma, sobretudo se, com o reequipamento, fizermos a revisão do currículo, da oferta formativa e da própria forma como damos a formação nas escolas. É fundamental criar uma grande ligação às empresas, com formadores que vêm do setor e com experiências práticas para os alunos, porque isso fará toda a diferença na via que eles escolhem para a sua escolaridade e futura carreira”, manifestou.
O ministro revelou que voltará às Caldas da Rainha em outubro para a inauguração oficial do CTE da Rafael Bordalo Pinheiro: “Ainda não visitei, estou convidado para vir cá em outubro inaugurar e virei com todo o gosto. A valorização do ensino profissional começa precisamente com o investimento que está a ser realizado neste momento”.
Obras na Escola Secundária Raul Proença
Questionado pelos jornalistas sobre as esperadas obras na Escola Secundária Raul Proença, classificada como P2, Fernando Alexandre explicou que a prioridade tem sido garantir financiamento para os casos mais urgentes, avançando agora para a segunda fase de intervenção.
“Sendo a Escola Secundária Raul Proença classificação P2, o que nós fizemos agora foi, para as mais urgentes, garantirmos financiamento a todas. E agora, as segundas mais urgentes, que é o P2, vamos lançar o aviso nas próximas semanas. Estamos a falar, neste momento, de 237 escolas que ainda não têm financiamento garantido”, disse o governante.
Fernando Alexandre sublinhou a necessidade de uma execução planeada das obras, devido à capacidade limitada do país em realizar múltiplas construções em simultâneo. “O país não tem capacidade de construir mais. A grande pressão que temos, como os presidentes da Câmara sabem, é conseguirmos construir aquilo que já nos comprometemos a construir, para cumprir as metas. Com os mil milhões de euros de financiamento do Banco Europeu de Investimento, queremos garantir que, a partir do segundo semestre de 2026, haverá continuamente obras a acontecer, mas de uma forma planeada”, contou.
O ministro destacou também o impacto desta previsibilidade para o setor da construção civil. “Isto é muito importante para as empresas, que sabem que depois de acabarem as obras do PRR vão continuar a ter muito trabalho. Podem contratar pessoas por períodos prolongados e investir em equipamentos, porque haverá uma grande procura. Não é bom, neste momento, aumentar mais concursos públicos, porque isso só faria aumentar os preços, já que as empresas não conseguem produzir mais do que estão a fazer”, adiantou.
