João Arroz, apresenta-se como candidato à Câmara Municipal das Caldas da Rainha. Este jovem de 18 anos afirma que o seu partido está a construir uma candidatura “que se foca na vida de todos os dias dos nossos concidadãos e na vida futura da cidade”. Para tal quer “10% de habitação pública”, para aliviar o preço das rendas, e apostar em energias renováveis, para aliviar o preço da conta de eletricidade. Quer também “uma escola que dê tempo de brincar aos mais pequenos e tempo para respirar aos mais velhos” e reforça que precisamos de mais mobilidade “que ligue o nosso concelho e dê opções a quem cá vive”.
Explica que a metáfora de “ligar Caldas da Rainha” não se aplica apenas no sentido de aproximar, “mas também de ativar um potencial que tem estado adormecido há demasiado tempo”.
O jovem anunciou ainda que o objetivo desta candidatura é “eleger representantes em todos os órgãos autárquicos” a que se candidatam e “consolidar, nas Caldas, uma nova esquerda social, verde e europeia”.
Como candidata à Assembleia Municipal das Caldas da Rainha e à Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, está Inês Pires. Tem 29 anos e é natural das Caldas da Rainha. “Esta cidade faz parte de quem eu sou e é por isso que estou aqui hoje, quero retribuir”, diz a candidata.
O primeiro ponto que abordou foi a garantia da “acessibilidade nos edifícios públicos e no espaço urbano, com passeios mais largos e sem obstáculos e atravessamentos seguros”, soluções que são pensadas com pessoas com mobilidade reduzida em mente. Este é um dos passos para alcançar “um concelho para todas as pessoas”, independentemente das suas “identidades de género, orientações sexuais, idades, etnias, condições de deficiência ou religiões”.
A candidata tocou também num ponto que acredita ser “a principal fonte de insegurança no concelho e no país: a violência doméstica e de género”. Assim, quer “aumentar o número de vagas em casas-abrigo para vítimas de violência”.
Entre outras ideias, falou na criação de um “parque público de habitação”, em transportes públicos gratuitos que liguem todas as freguesias e na promoção e preservação do “património natural riquíssimo” do concelho.
Tiago Fidalgo, para além de candidato à União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, é professor e, neste momento, médico em formação. O candidato revela que foi o primeiro membro da sua família a chegar à universidade e acredita que “só uma política humanista permite este elevador social”.
Para defender essa política candidata-se pelo Livre, admitindo que é “um homem de esquerda”. Pretende que todas as crianças do concelho tenham igual acesso à cultura, independentemente de serem de locais mais rurais ou não.
O último interveniente desta apresentação foi Rui Tavares, que se mostrou positivo em relação a esta candidatura do partido. “Temos uma lista muito jovem”, observou o deputado, que também deixou elogios a todos os candidatos. Fez notar que o salão estava cheio de pessoas para ouvir esta apresentação de candidatura e acredita na força política do Livre nas Caldas da Rainha.
Em relação ao que o concelho tem para oferecer, Rui Tavares disse mesmo: “Não falta praticamente nada aqui”. Acredita na atratividade das Caldas, a única coisa que mete em questão é mesmo “se essa atratividade está a ser bem gerida ou não”. Nesse âmbito defende que Caldas da Rainha é uma das cidades portuguesas que mais beneficiaria com melhores interligações de transportes públicos.
O co-porta-voz do Livre não deixou de falar de um dos temas mais discutidos na política portuguesa de momento, a habitação, mas lembrou que “não deveremos querer só casas para o povo, mas sim também, palácios para o povo”, referindo-se a obras como bibliotecas, teatros, jardins e outras obras públicas. Dentro desse espírito notou que Caldas da Rainha é uma cidade com grande valor arquitetónico, mas com edifícios que não estão a ser valorizados, como é o caso dos pavilhões do Parque D. Carlos I, dos quais defende a reabilitação.









